domingo, 18 de dezembro de 2011

PDT

O PDT nasceu três vezes, isso mesmo! A primeira, em 15 de maio de 1945, como PTB. A segunda, em 17 de junho de 1979, em Lisboa, no grande encontro dos trabalhistas do exílio e do país, do qual Jackson Lago e Neiva Moreira participaram e assinaram sua fundação.

Após a perda da sigla PTB, no dia 12 de maio de 1980, para políticos sem identidade com o trabalhismo (numa manobra judiciária orientada pelos senhores da ditadura), os trabalhistas autênticos realizaram um encontro nacional no Rio de Janeiro, em 17 de maio, com mais de 1.000 participantes de todo o país e fundaram o PDT. Neiva Moreira, Jackson Lago, João Francisco, Reginaldo Telles e muitos outros companheiros maranhenses estiveram lá.

Nos seus últimos 31 anos, acredito que o nosso partido não tenha passado por um momento tão difícil como o atual. De raiz trabalhista, democrático e nacionalista, o nosso partido está sob a ameaça de cair de “corpo e alma” nas armadilhas da política convencional, isto é, no mais vulgar fisiologismo. Isto representaria um tremendo revés para as forças progressistas e democráticas em nosso estado.

Quando aceitamos exercer a presidência do partido, tínhamos a consciência de que as dificuldades seriam enormes, pois o partido perdeu seu líder principal e insubstituível, após a cassação e a campanha eleitoral extremamente adversa e desigual, na qual os seus adversários não lhe dispensaram nem o menor respeito pela sua história de vida, a de um homem que se dedicou às lutas sociais de nosso estado e país.

Além disso, o nosso partido, por seus longos anos de poder municipal e breve poder estadual, não soube enfrentar, de forma construtiva e salutar, alguns desvios de conduta e comportamento que todos devemos ter no exercício da função pública, maus costumes e práticas que possam surgir do longo exercício do poder, além do surgimento de todo tipo de convencionalismo, e do que advém deste com as suas soluções práticas e eficazes. A rigor, somos enfrentados pelo que surgiu desse fisiologismo!

Tomei conhecimento de que os nossos adversários internos nos acusam de três coisas: 1. O fato de não ter residência fixa no Maranhão; 2. A falta de experiência política; 3. A má relação com os demais partidos políticos, o que acabaria levando a um isolamento político.

Gostaria de responder às três, como forma de dar satisfação aos companheiros e às companheiras de partido.

Primeiro, apesar de passar mais dias fora do estado, por razões familiares e profissionais, tenho mantido vínculos profissionais em São Luis e Imperatriz que me obrigam a ficar, pelo menos, 7 dias por mês no endereço conhecido por todos. Agora, com os compromissos de partido, desde 06 de junho passado, tenho ficado 12-14 dias por mês.

Segundo, não posso negar que não tenha experiência política, pois nunca exerci nenhum cargo público eletivo ou de nomeação. Não obstante, acompanho a política desde cedo, exerço a minha profissão nas diversas áreas públicas desde 1994 e creio ter dado conta das tarefas que nos foram impostas ao longo desses últimos meses.

Terceiro, dediquei-me à reorganização do PDT para, uma vez fortalecido e organizado, iniciarmos de forma altaneira e leal a relação com os demais partidos políticos do campo democrático e progressista de nosso estado. Aliás, durante esse período, chegamos a conversar com alguns de seus protagonistas.

Creio que essas acusações são tão vazias como os propósitos daqueles que nos combatem, pois os mesmos que se consideram tão experientes e bem relacionados, são os que têm prejudicado a reorganização de nosso partido sob os mais elevados princípios e valores cívicos, além de não terem um projeto próprio para o mesmo. Querem assenhorear-se de nosso partido para entregá-lo ou leiloá-lo a projetos de poder de cunho estritamente pessoais e atrasados, sem qualquer cuidado ou zelo.

Não posso resignar-me a estas opções. Cabe-me, assim como aos trabalhistas autênticos, a única opção que aponta uma possibilidade de futuro: a de um PDT vivo e atuante baseado nos seus princípios, nas suas raízes e na sua história.

A este PDT, estarei sempre filiado e disposto a travar o melhor combate.

Saudações Trabalhistas!

Igor Lago

São Luis, 18 de dezembro de 2011.

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