quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PDT e a reunião do Diretório Nacional ou o partido do Lupi e Manoel Dias?  

Na última quinta-feira, dia 06 de dezembro, o Diretório Nacional se reuniu pela segunda vez este ano. A primeira reunião ocorrera no dia 30/01/2012,  quando tentamos evitar o pior para o nosso partido no Maranhão, ou seja, a entrega de sua direção a um grupo de pessoas ligados ao fisiologismo e ao convencionalismo da política, para dizer o mínimo.

Em dezembro de 2011, com o PDT do Maranhão na informalidade, foi protocolado na própria sede nacional em Brasília, uma série de documentos à Executiva Nacional (Carta assinada por filiados fundadores, militantes históricos, prefeitos e ex-prefeitos, vice-prefeitos e ex-vice-prefeitos, deputados e ex-deputados, ex-secretários municipais e estaduais para a prorrogação da então Comissão Provisória estadual que findara no 01/12/2011 e a marcação de data para uma Convenção; Declaração de apoio à prorrogação da Comissão Provisória Estadual por 142 Comissões ou Diretórios municipais dos 211 existentes e uma Carta de minha autoria formalizando a nossa sugestão de prorrogação tanto da Comissão Estadual quanto à do Diretório Municipal de São Luis com a respectiva marcação de suas Convenções).

Infelizmente, os dois senhores que ditam as regras em nosso partido (Carlos Lupi e Manoel Dias) não tiveram a mínima consideração a respeito desses documentos partidários. Após a reunião do dia 30 de janeiro, alguns membros do PDT maranhense se reuniram com a dupla e, mais uma vez, não demonstraram a mínima importância para as nossas reivindicações (Manoel Dias ficou alheio na reunião sem emitir uma palavra sequer e o Carlos Lupi ficou sentado em sua cadeira, com a sua imensa foto na parede tentando fazer o papel de um juiz, muito mal exercido por sinal!). Cabe lembrar que o mesmo havia sido demitido no 04/12/2011 do Ministério do Trabalho e Emprego e ainda não havia reassumido formalmente a presidência do partido, o que aconteceu somente no dia 09/01/2012 e, em sua primeira reunião, tomou a decisão arbitrária e casuística sobre o PDT do Maranhão com a anuência de Manoel Dias, do deputado federal André Figueiredo - líder da bancada na Câmara Federal e do senador Acir Gurcacz – líder da bancada no Senado.
Esta decisão só foi formalizada depois com a posse da atual Comissão Provisória estadual maranhense no dia 16/02/2012.

Restou-me solicitar a retirada de meu nome dessa Comissão e expressar o meu não reconhecimento da mesma, o que já foi explicado anteriormente. Cumprindo o prazo do Estatuto, fiz chegar às sedes do Rio de Janeiro e em Brasília, em abril/2012, um recurso para que aquela decisão fosse reavaliada por todos os membros da Executiva Nacional. Infelizmente, nunca obtive resposta da “dupla dinâmica” e, obviamente, não aconteceu a reunião com todos os membros da Executiva Nacional, o que nos prejudicou, mais uma vez, porque não pudemos colocar a questão para a última instância do partido – o Diretório Nacional, no último dia 06/12.

Esta é a praxe em nosso partido! Assim, eles o desfiguram desde a morte de Leonel Brizola em 2004. A democracia não é exercida! E vão tocando o partido desrespeitando o próprio Estatuto, a nós, os filiados e, especialmente, a razão de ser do próprio partido. Dão o partido para quem lhes garante o controle cartorial e, de preferência, à sua imagem e semelhança.

A reunião do Diretório Nacional – a última instância partidária-, não discutiu a realidade do PDT, por exemplo: Os resultados eleitorais e seus significados (apenas houveram relatos descritivos, alguns melancólicos, como o do Maranhão!); a questão adiada da finalização do V Congresso, que se iniciou e não se marcou a sua segunda fase, a deliberativa, que aconteceria no primeiro semestre de 2012; o papel do PDT nacional nas eleições municipais (como se deram as prioridades políticas e de ajuda financeira, por exemplo, com o uso do fundo partidário); a forma de atuação da Executiva Nacional e o seu real funcionamento, incluindo a questão da transparência na gestão financeira, como a publicação de todas as movimentações financeiras do partido com as suas respectivas notas fiscais; a reforma do Estatuto que está ultrapassado e mal utilizado pela dupla dinâmica; Eleições gerais, amplas e irrestritas com a participação de todos os filiados regularizados junto aos TREs e TSE; enfim, não se discutiu o PDT e o seu papel na contribuição para o fortalecimento da democracia brasileira e os desafios do momento atual. Houve tentativas de melhorar o nível da reunião, a exemplo do senador Pedro Taques, do vereador carioca reeleito Leonel Brizola Neto  (motivo de orgulho para o partido e sequer citado pelo relator do Rio de Janeiro!), dos deputados federais Paulo Rubem Santiago(PE) e Cherini(RS); da deputada estadual gaúcha, a brava Juliana Brizola, dos companheiros Bandeira e Hélio Pinho.

Infelizmente, a reunião foi monopolizada pela direção da dupla que, a bem da verdade, não deseja que se discuta nada, absolutamente nada, porque sabem que se houver discussão real e profunda a respeito do partido, eles não se seguram, caem como folhas secas de um galho de árvore, tamanho o prejuízo que estão causando ao partido. Hoje, o PDT é essa árvore a apresentar alguns galhos com suas folhas secas putrefactas.  

Companheira(o)s, a rigor, o Carlos Lupi nem deveria estar exercendo a presidência, pois está sendo processado por improbidade administrativa. O correto, o que se espera de qualquer cidadão, de qualquer militante de um partido democrático e, ainda mais, trabalhista, é a própria iniciativa de não exercer a presidência do partido enquanto estiver respondendo a processos, pois isto macula a imagem partidária e de seus militantes. Quando julgado e, no caso de isentado, que volte a exercer as suas funções.

Mas, apesar de tudo, do dinheiro partidário gasto em passagens e hotel para as suas claques atrapalharem a realização de uma reunião transformadora para o partido, se plantou a esperança de que dias melhores virão, pois há nítida disposição de muitos trabalhistas de refundarem o PDT e tirá-lo dessas mãos inadequadas, do atraso, da iconoclastia.

Que façamos a nossa Primavera!

Que o Natal e o Ano Novo sejam de esperança por um PDT verdadeiramente trabalhista e democrático, única forma de permanecermos ao lado do povo brasileiro.


Saudações Trabalhistas!

sábado, 1 de dezembro de 2012

PDT – O PARTIDO DO LUPI E DO MANOEL DIAS?

É coerente com a atual fase da política brasileira e, ainda mais, a maranhense, que o PDT esteja seguindo os passos de sua forca moral. Isso mesmo, forca e não força!

Tivemos conhecimento de que os donos do PDT, os senhores Carlos Lupi e Manoel Dias, desmoralizados com os acontecimentos a respeito da atuação do primeiro no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a obediente cobertura do segundo, andam tontos com a insurgência nacional pedetista, que começa a ganhar força antes da reunião do Diretório Nacional que acontecerá no dia 06 de dezembro.

Estão preocupados com a possibilidade de perder o apoio do partido que, depois da morte de Leonel Brizola, transformaram num balcão de negócios, do fisiologismo e da politicalha, e que deverá decidir seu destino no mês de março de 2013, na Convenção Nacional.

No Maranhão, repentinamente, tivemos notícia de um edital que convoca delegados para uma convenção municipal em São Luis. Tudo na surdina e num breve espaço de tempo.  É um esforço para legitimar o ilegítimo, nada mais. Afinal, a atual Comissão Provisória foi formalizada pela atual Comissão Provisória estadual, a que foi feita pelas canetas autoritárias do Lupi e do Manoel Dias.

Infelizmente, o Estatuto do PDT concentra muito poder à Executiva Nacional, que dá o poder de formar ou desformar as Comissões Provisórias municipais e estaduais de acordo com a simpatia dos seus donos, é verdade, donos do PDT. Dirigente de um partido democrático e trabalhista ausculta, ouve, decide e respeita as decisões de suas maiorias. Pois bem, no PDT, acontece o contrário, as minorias malandras, que aceitam ser subservientes à politicalha são elevadas às direções partidárias.

É o que estamos assistindo no Maranhão. Um presidente de comissão provisória de São Luis (que responde a vários processos, seja por ter sido secretário do governo Jackson Lago ou por ter sido assessor do Carlos Lupi no MTE) antes catapultado, pelos senhores Lupi e Manoel Dias, a presidente do PDT municipal, através da Comissão Provisória estadual presidida pelo Julião Amin, agora, numa reunião de poucos, muito poucos diante do número de filiados do partido, fazem uma convenção a toque de caixa para formalizar a decadência pedetista em nossa capital.

Não tivemos outra opção a não ser a de entrar na Justiça com um pedido de embargo da realização da convenção, uma vez que burla o Estatuto no próprio edital de convocação, além de ser convocada às pressas sem o devido debate e esclarecimento das circunstâncias de sua realização. Mais, como não reconhecemos a Comissão Provisória estadual que formalizou a atual Comissão Provisória municipal, ambas fruto do arbítrio dos atuais dirigentes nacionais, como poderíamos participar de um ato burlesco que contribui para diminuir a já pequena política exercida em nosso estado e país?

A batalha, esta da convenção municipal a toque de caixa, ainda não terminou, mas serviu para mostrar quem é quem, especialmente aos sempre fisiológicos e boquiabertos do poder.

Saudações Trabalhistas!

domingo, 28 de outubro de 2012

Entrevista

Senhore(a)s,

Encaminho uma entrevista que dei ao Jornal Pequeno, publicada no último 28/10/2012, a pedido de muitos companheiros que creem necessário a sua divulgação.

É para que todos tenham alguma noção de nossa opção por declarar voto no prefeito Castelo(PSDB) que, em todas as pesquisas aparecia atrás do candidato eleito Edivaldo Junior(PTC), e acabou perdendo para este apesar de ter obtido uma boa votação - 44%.

Considero essa posição a continuidade da luta partidária. Se, por convicções ou interesses outros, alguns de nossos companheiros optaram pela outra candidatura, creio ser parte do processo democrático e de nosso exercício neste.

Estou no mesmo lugar de sempre.

Saudações Trabalhistas!




Igor Lago explica porque resolveu manifestar apoio a Castelo28 de outubro de 2012 às 10:54

O médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago, veio a público anunciar que apoia a candidatura de João Castelo (PSDB), para que renove o mandato à frente da Prefeitura de São Luís. Em comunicado divulgado na internet, Igor Lago recomenda o voto em Castelo. 'Após refletir e comparar as duas candidaturas, as suas trajetórias e campanhas, opto por recomendar aos amigos e companheiros o voto no candidato João Castelo', afirma.

O apoio de Igor já era aguardado pela cúpula do PSDB, que esperava anunciar também o apoio da viúva Clay Lago. Ambos são respeitados pela retidão política herdada do saudoso ex-governador, que faleceu em abril de 2011. Igor Lago chegou a ser presidente do Diretório Estadual do PDT por alguns meses, mas acabou sendo destituído do cargo, pelo presidente nacional da legenda, Carlos Lupi. No seu lugar foi anunciado o nome do suplente de deputado federal Weverton Rocha.

No primeiro turno Igor Lago emitiu uma carta de apoio à candidatura de Haroldo Sabóia (PSOL), mas na cidade de Imperatriz ele manteve seu posicionamento a favor de Sebastião Madeira (PSDB), amigo do seu pai e município onde Jackson Lago possuiu maior votação em 2006 e 2010 na disputa pelo governo do Estado.

Leia a íntegra da entrevista concedida ao Jornal Pequeno por Igor Lago:

Jornal Pequeno – O que levou o senhor a declarar voto para o prefeito João Castelo?

Igor Lago – Nós lutamos pela candidatura própria do PDT. O Comitê de Resistência Democrática Jackson Lago lançou o nome do ministro Edson Vidigal. Infelizmente, apesar da disposição do ministro, de ter dado o seu nome a esta missão partidária, não foi sequer discutido pelo partido tanto daqui como lá em Brasília. Houve um processo antidemocrático, sumário, de desrespeito às tradições de nosso partido, sem convenção, sem debate, sem nada.

JP – Mas não houve uma discussão interna, no partido, sobre isso?

Igor Lago – Não. Levaram o PDT no beiço para a candidatura do Edivaldo Holanda Júnior da forma mais torpe. Portanto, tudo isso contribuiu para que fôssemos fazendo a nossa reflexão e a nossa opção. É uma coisa que me distancia, que me causa estranheza. Para mim, essa candidatura [de Edivaldo Júnior] é a antítese do que fizemos e lutamos no partido. Por outro lado, além de ter críticas à administração Castelo, não vejo que o outro candidato tenha, realmente, qualquer condição para administrar a cidade de São Luís. Para isto, basta ver o seu desempenho como vereador por dois mandatos em São Luís e o atual de deputado federal. Alguém sabe de algum projeto seu de relevância para a cidade?

JP – Mas os seus adversários falam que o prefeito não apoiou o seu pai, governador Jackson Lago, nas eleições de 2010. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Igor Lago – Castelo poderia tê-lo apoiado muito mais, se empenhado na campanha, sem dúvida nenhuma. Infelizmente, meu pai não conseguiu o apoio que merecia de muita gente. Até mesmo daqueles que, em determinado momento da campanha, sugeriam-lhe a renúncia, ameaçavam fechar o programa de comunicação, divulgavam boatos sobre sua candidatura, não reagiam às explorações dos outros candidatos no seu programa etc. Nem relembro as calúnias, as explorações a respeito da insegurança jurídica de sua candidatura, as deslealdades várias. Não esqueço, registro e olho para a frente, para ajudar a buscar melhores dias para todos nós, evoluir como cidadão e sociedade.

JP – O que o senhor espera do futuro prefeito de São Luís, seja Castelo ou Edivaldo Holanda Júnior?

Igor Lago – O que todos esperamos: uma maior e melhor eficiência dos serviços prestados pela prefeitura.

JP – Qual o maior legado deixado por Jackson Lago para a política do Maranhão?

Igor Lago – O da dedicação à democracia, à justiça social e à liberdade. Foi um cidadão comprometido com as causas coletivas, com as políticas públicas para as maiorias desassistidas de nossa cidade e estado. Era muito generoso e confiava plenamente em seus amigos e auxiliares e na boa-fé de todos.

JP – O senhor tem algum projeto político?

Igor Lago – Ajudar a refundar o PDT nos seus princípios, ideais e razão de ser. O Trabalhismo é uma ideologia rica e sempre atual. A Democracia sempre deve ser cultivada e desenvolvida em todas as instâncias de nossas atividades. Sou contra qualquer tipo de autoritarismo, seja de direita ou esquerda. Nada o justifica. Nem os meios nem os fins. Assim, acho que posso contribuir mais como cidadão a melhorar a nossa política com muita humildade, sinceridade e diálogo.

domingo, 21 de outubro de 2012

Nota

Senhore(a)s,


Como filho do ex-deputado estadual, prefeito de São Luis e governador do Maranhão Jackson Lago confesso não ter me sentido bem ao ler esta carta do Sr. Aziz Santos.

Aliás, esse sentimento é semelhante quando li a sua carta de afastamento do PDT no dia 08 de junho.

Sempre tive um posicionamento político crítico em relação a situações administrativas e políticas durante os mandatos exercidos pelo meu pai.
E sempre os externava a ele quando tinha oportunidade. Desde 1989!
Era uma forma de torcer e participar para que as coisas ocorressem da melhor forma possível.

Não obstante, a atual campanha eleitoral toma rumos decisivos e, como estamos vendo, adotando situações de conflitos, até mesmo de ordem pessoal.

Além de discordar parcialmente ou totalmente dos argumentos relacionados ao que ocorreu em 2010, considero que, no afã de defender-se de quaisquer agressões, utilizar argumentos sobre quem traiu Jackson Lago em sua derradeira campanha eleitoral de 2010, devem, por obrigação moral e honestidade intelectual, utilizar os mesmos argumentos sobre quem o apunhalou pelas costas nessa mesma campanha e, principalmente, durante os seus últimos meses de vida, quando tramavam para subtrair-lhe a liderança partidária, assim como após a sua morte, quando achincalharam o seu e nosso partido, para submetê-lo a interesses pessoais de mandato e de cargos ligados a uma candidatura (que já nasce de um ato de traição e está visceralmente) vinculada a um projeto de cunho pessoal e autoritário de poder para as eleições de 2014.

Atenciosamente,

Igor Lago
21/10/2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Eleições & Traições

Os resultados das eleições municipais em São Luis mostraram o quanto é difícil para os candidatos com poucos recursos e, consequentemente, com pouca ou nenhuma estrutura de campanha, conseguirem obter apoios e votos para conquistar um mandato, apesar de muitos terem biografias de dedicação às suas comunidades e, enfim, à cidade.

Talvez, esses resultados sejam uma demonstração do quanto ainda temos de caminhar para encontrar um melhor sistema eleitoral que permita a todos os candidatos terem as mesmas oportunidades de serem conhecidos e reconhecidos, o que é parte essencial para a formação e decisão do voto pelo eleitor.

Não tenho dúvidas de que teríamos uma eleição mais democrática e livre do poder econômico se tivéssemos o sistema de voto distrital, bem como o total financiamento público das campanhas eleitorais, o que já é feito em parte, embora com todas as vicissitudes e brechas que propiciam inúmeras possibilidades de se tornarem escândalos.

O PDT não pôde participar destas eleições de São Luis como nas anteriores. Tínhamos o pensamento de que deveríamos seguir um rumo próprio e apresentar uma alternativa para a cidade. Seria uma oportunidade de enriquecer o debate sobre os principais problemas que afetam a todos nós. Não obstante, o mais importante para o partido seria a discussão sobre qual caminho a seguir nessas eleições, de forma transparente e que a maioria de seus membros tomasse a decisão. Não foi o que aconteceu. Assistimos, junto ao esfacelamento do partido, a imposição de uma tese vinda de cima pra baixo, comprometida com interesses de mandato e outros projetos pessoais voltados para as eleições de 2014.  

Todos sabem que após o falecimento de Jackson Lago e a última reorganização partidária, houve um golpe perpetrado com o objetivo de satisfazer o controle cartorial da sigla pelos atuais donos nacionais do partido (que são cada vez mais questionados em todo o Brasil!) e, também, os interesses de mandato de um dos nossos suplentes, conhecido por sua não muito boa reputação e tido como o “menino de ouro” do Lupi.

Neste golpe, houve a determinação de se juntar o útil ao agradável: Aproveitar a candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda Junior (PTC) que contava com o apoio do Flávio Dino (PCdoB) que, por sua vez, tinha interesse em se assenhorear do último importante segmento oposicionista fora de seu controle (o PDT) para submetê-lo, sem qualquer discussão, sobre estratégias eleitorais e, principalmente, sobre um programa de governo, a seu projeto pessoal com vista às eleições de 2014. Os senhores Carlos Lupi,  Manoel Dias, Flávio Dino, Weverton Rocha, Julião Amin e Edivaldo Holanda pai e filho atuaram nesse sentido desde o final de 2010. 

No último dia 10, na sede do PDT, lugar que não frequento desde o dia 01/12/2011, quando finalizou o prazo da Comissão Provisória Estadual não prorrogada pelos senhores Carlos Lupi e Manoel Dias, ocorreu a cena mais deprimente desta eleição: a comemoração da mudança de posição eleitoral dos senhores pedetistas Júlio França (ex-secretário da prefeitura Castelo e, até esse dia, coordenador de mobilização da campanha castelista) e Ivaldo Rodrigues (vereador reeleito e líder da prefeitura na Câmara Municipal e, aparentemente, a favor da tese de apoio à reeleição do prefeito Castelo desde o primeiro momento).

É de causar repugnância a qualquer cidadão de bem de nossa cidade, ainda mais aqueles que carregam no peito e na lembrança os ideais trabalhistas e a memória de nossos fundadores, que deram o melhor de suas vidas pela criação de um partido democrático e popular que enfrentou a Ditadura e o domínio de um mesmo grupo político em nosso estado ainda não plenamente redemocratizado. E a festa teve direito à participação dos candidatos majoritários “beneficiados” pelo gesto de traição, os autoproclamados arautos da mudança, do novo na política. Não me surpreendo com aqueles que enfrentei na lida partidária, pois são conhecidos por sua trajetória política de total dependência das benesses e cargos comissionados que a prefeitura de São Luis os tem proporcionado desde Conceição Andrade até o atual prefeito João Castelo. Representam, a rigor, o fisiologismo e o mais vulgar convencionalismo da nossa política, mais nada.

Diz-se que, quando um barco está naufragando, os primeiros a pularem são os ratos. Fico a imaginar se, por obra do capitão do barco, as providências forem tomadas a evitar o naufrágio, os ratos teriam a capacidade de retornarem ao mesmo.

O filósofo e advogado norte-americano William Bennet nos ensina que a lealdade é a marca da constância, da solidez dos elos com as pessoas, grupos, instituições e ideais. Ser um cidadão e um amigo leal significa agir com atenção e seriedade para com o país e os amigos. Essa virtude por si só não é garantia de ação correta, que exige mais do que boas intenções. É preciso ter também a sabedoria para distinguir o que é correto e ter vontade de fazê-lo.

Que a nossa política seja mais exercida com virtudes!

Saudações Trabalhistas!

sábado, 6 de outubro de 2012

O PDT de São Luis e as eleições de 7 de outubro

Desde a redemocratização do país, com as primeiras eleições para governadores estaduais em 1982 e para prefeitos de capitais em 1985, o PDT, pela primeira vez, não participa da formação de chapa majoritária em São Luis – sua cidade berço.

Em 1985, Jackson Lago candidatou-se a prefeito tendo Julião Amin como vice, ambos do PDT, e obtiveram o terceiro lugar. De 1988 até 2004, o PDT sairia vencedor das eleições, na maioria das vezes, encabeçando a chapa ou com chapa pura, exceto 1992, a saber: Jackson Lago (PDT) prefeito e Magno Bacelar (PDT) vice em 1988; Conceição Andrade (PSB) prefeita e Aziz (PDT) vice em 1992; Jackson Lago (PDT) prefeito e Domingos Dutra (PT) vice em 1996; Jackson Lago (PDT) reeleito prefeito e Tadeu Palácio (PDT) vice em 2000; Tadeu Palácio (PDT) prefeito e Sandra Torres (PDT) vice em 2004 e, finalmente, em 2008, Clodomir Paz (PDT) prefeito e Fábio Leite (PPS) vice disputaram a eleição obtendo o terceiro lugar. Cabe lembrar que nestas eleições o partido dividiu-se e realizou uma convenção muito disputada entre os partidários de Clodomir Paz e Moacir Feitosa. No segundo turno, a ala mais próxima do então prefeito Tadeu Palácio apoiou a candidatura do Flávio Dino (PC do B), que também contou com o apoio da família Sarney e, a ala mais próxima do então governador Jackson Lago apoiou a candidatura de João Castelo (PSDB), que teve um importante papel na vitória das oposições em 2006.

Nestas eleições de 2012, o PDT é apenas um partido coadjuvante da coligação formada pelos partidos PTC, PSB e PCdoB. Seus atuais dirigentes, nomeados pela Executiva Nacional tocada pelos senhores Carlos Lupi e Manoel Dias, resumiram-se a prestar o papel de serviçais desse projeto que visa a eleição de um candidato sem identidade com o nosso partido e as lutas democráticas e populares de São Luis. E mais, como vereador por 2 mandatos não prestou nenhum projeto de relevância para a cidade e, como atual deputado federal, apresenta o mesmo desempenho, além do fato de ter-se licenciado por 4 meses para que o suplente Weverton Rocha assumisse o seu mandato. Pura negociação!

A velha política feita por jovens já “velhos”. Este é o candidato dos senhores Lupi, Flávio Dino, Weverton Rocha e Julião Amin! E, o que mais nos chamou a atenção (pasmem!) foi o fato de que os “dirigentes serviçais” de nosso PDT local e o próprio Lupi ficaram escondidos dos programas de televisão e rádio gratuitos do candidato Edivaldo Holanda Junior.  É tamanho “o prestígio e a reputação” que tem em nossa cidade e estado que faz com que o próprio candidato beneficiado adote a decisão de escondê-los. Merece ser lembrado o fato do senhor Carlos Lupi ter vindo duas vezes a São Luis para prestigiar a campanha do candidato Edivaldo Holanda, bem como dar guarida à sua decisão autoritária que atropelou o nosso partido e evitou o debate sobre a possibilidade de candidatura própria, que tinha no nome do ministro Edson Vidigal, uma boa oportunidade de exercermos um papel protagonista nessas eleições, ao igual que nas anteriores.

O PDT tem 19 candidatos a vereador (o jovem Alisson Roberto da Silveira foi barbaramente vítima da violência de nossa cidade, a quem rendo, mais uma vez, as minhas homenagens!) numa coligação proporcional com o PTC e o PSB.

Desejo êxito a todos e, de forma muito especial, àqueles que foram leais ao Jackson Lago e ao seu legado.

Como já expressei anteriormente, diante de tudo o que aconteceu com o nosso partido, neste primeiro turno votarei para prefeito em Haroldo Sabóia(PSOL) 50.

Que ninguém se engane, Jackson Lago vive!

Saudações Trabalhistas!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

São Luis

Nos seus 400 anos, São Luis, outrora Upaon-Açu – terra dos Tupinambás, vive os enormes desafios de uma grande cidade brasileira. Mas, com um agravante: a sua conhecida e trágica desigualdade social, exacerbada em relação às outras grandes cidades.

Em sua história política recente, as administrações Jackson Lago foram um marco de realizações em todas as áreas, seja na saúde, na educação, na infraestrutura, na cultura, etc. Sempre voltadas para combater essa mazela de nosso estado e país.

A sua liderança política na capital maranhense, posta à prova em várias eleições, não tem outra justificativa. Não tinha poder econômico, televisão, rádios ou jornais. Enfrentando o império de comunicação construído ao longo dos já quase 50 anos de domínio oligárquico - o conhecido Sistema Mirante e seus apêndices, o qual batizou de “Sistema Mentira”, devido ao tipo de jornalismo empreendido que, muitas das vezes, nas disputas políticas e eleitorais, esquece as regras e o papel de uma concessão num sistema democrático para privilegiar os objetivos políticos e eleitorais de seus patrões-proprietários, Jackson Lago impôs, em São Luis, várias derrotas eleitorais aos poderosos de nossa terra, exceto a última eleição de 2010, quando a sua imagem foi desgastada pelos ataques ao seu governo, algumas das vezes com a colaboração de alguns de seus próprios membros auxiliares, assim como pela exploração da segurança jurídica de sua candidatura, feita tanto pelos sarneyístas como pelas oposições lideradas pelos senhores Zé Reinaldo e seu então candidato Flávio Dino.

Estas eleições de 2012 serão as primeiras após o seu falecimento. Percebe-se o vazio que deixou em todos nós, goste-se de mais ou de menos. Quando reorganizamos o PDT de forma democrática e sob o seu legado, pretendíamos homenageá-lo com um grande debate a respeito de São Luis, bem como encontrar as melhores posições pelo estado afora.  Infelizmente, o nosso partido também foi alvo da vilania, de interesses pessoais e partidários outros, que os atuais dirigentes (nomeados pelos dois chefes nacionais que andam sumidos nesses tempos de campanha eleitoral!) são apenas serviçais com o único objetivo de locupletar-se.

O Comitê de Resistência Democrática Jackson Lago – movimento idealizado dentro de nosso partido para se contrapor aos atuais chefetes-, discutiu a tese da candidatura própria e lançou o nome do ministro Edson Vidigal que, num ato de  solidariedade à luta partidária, aceitou esse desafio de se contrapor ao que estava estabelecido ao nosso partido, isto é, não cumprir com a própria resolução nacional e coligar-se à candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda que, compensatoriamente, licenciou-se por 4 meses para o seu amigo e tão afamado suplente.

Após todas as tentativas, não obtivemos êxito. Decidiu-se, então,  que o Comitê não apoiaria nenhum nome nesse primeiro turno, porém, com a liberação de que cada um tomasse a sua decisão pessoal. Não participei dessa última reunião por compromissos profissionais. Mas senti-me à vontade de expressar, desde o início, a minha posição contra a candidatura Holanda, por representar tudo o que combatemos no nosso partido. Representa a “velha política” feita por “novos atores”, nada mais! Essa candidatura, a rigor, é fruto de um grande conchavo que se iniciou há quase 2 anos, com a participação dos senhores Carlos Lupi e seu menino de ouro, Julião Amin, Edivaldo Holanda, o pai, e Flávio Dino. Este, inclusive, revelou o conchavo em declaração recente à imprensa. Não compactuo com essa política pequena, mesquinha, baixa, de interesses, de interferir sorrateiramente nos partidos, de atropelar o processo democrático,... Longe disto!

Há 20 dias das eleições, expresso o que já venho fazendo há mais de um mês aos amigos, companheiros e outros interlocutores: No dia 07 de outubro, votarei no candidato Haroldo Sabóia (PSOL) para prefeito de São Luis. Conheço Haroldo Sabóia desde os meus 9 anos de idade, quando candidatou-se e elegeu-se deputado estadual pelo MDB em 1978. Conheço a sua participação na luta contra a implantação da ALCOA na ilha de São Luis; na luta pela Anistia; a sua solidariedade aos estudantes na Greve de 79; na luta pela redemocratização do país; pelas Diretas Já, etc. Sei de suas boas atuações como deputado estadual por 2 mandatos, deputado federal  por  3 mandatos e vereador de São Luis por 1 mandato, incluindo o privilégio de ter sido Constituinte. Reconheço, também, o seu importante papel na aliança política que elegeu Jackson Lago prefeito de São Luis em 1988.Portanto, opto por votar num candidato a prefeito que tem identidade e história com as lutas populares e democráticas de nossa cidade. E não é difícil reconhecer que tem as melhores propostas!

Isto, ninguém pode tirar do Haroldo Sabóia, 50!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CARTA DE BRASÍLIA

O Movimento Nacional de Resistência Leonel Brizola (MNRLB) se reuniu nesta manhã, na liderança do partido no Congresso, em Brasília, com a participação de companheiros de vários estados, para formalizar e organizar a luta política contrária à atual direção nacional do PDT que, com suas práticas antidemocráticas, tem se distanciado dos princípios e ideais tão caros ao nosso partido durante a sua trajetória na luta pela Democracia, Liberdade e Justiça Social.

Foram realizadas oportunas e frutíferas visitas a deputados federais e senadores para que compreendam a degradante situação de nosso partido, constatada por vários descaminhos nos estados, resultantes de decisões arbitrárias e práticas não condizentes com a legalidade, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro com afraude nas atas de uma convenção convocada às pressas.

O momento político partidário urge a tomada de uma posição política corajosa e de grande valor cívico de todos aqueles que estão indignados com a atual desfiguração do PDT.

Não podemos deixar que os legados de Vargas, Jango, Brizola, Pasqualini, Prestes, Darcy, Doutel, Jackson, Neiva, Lysâneas, Abdias, Julião, Brandão, Bina Assunção, Boiteux e tantos outros sejam esquecidos pelo nosso próprio partido.

Vamos reagir a esta situação reunindo a todos no propósito de democratizar o partido que, indubitavelmente, passa pela necessária renovação de alguns de seus dirigentes nacionais e reformulação de nosso Estatuto.

Brasília, 29 de agosto de 2012.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MEMORIAL - PDT MARANHÃO - Parte I

Senhora(e)s, Companheira(o)s e Amiga(o)s,

Há muito tive a ideia de escrever algo sobre o PDT, uma espécie de memorial sobre o que vivi no partido maranhense.
Comentei com alguns companheiros que, de pronto, acharam interessante divulgar o nosso pensamento e as nossas ações partidárias, para descrever o que aconteceu com o PDT.
Fiz esta primeira parte, que aborda 11 meses, de Outubro de 2010 a Julho de 2011.
Pela extensão do texto, peço-lhes desculpas. Mas, sugiro a leitura para todo(a)s aquele(a)s que queiram conhecer o PDT sob a nossa perspectiva.
A rigor, como se trata de um Memorial, ele é descritivo, em sua quase totalidade. Porém, não consegui conter a minha iniciativa de comentar um ou outro fato, ou sublinhá-los.
Há fatos que precisam ser levados ao conhecimento de todos, como todo o imbróglio que envolveu a nossa aceitação para substituir o nome de nosso pai (eles já tinham o projeto de nomear o obediente Julião Amin para, posteriormente, entregar o partido ao faz-tudo e menino de ouro do Lupi, uma vez conseguindo assumir o seu mandato por negociação!), assim como o processo de cassação que o deputado federal Hélio Santos (PSDB) está enfrentando por iniciativa dos atuais chefetes de nosso partido estadual e nacional.
Mas, o que mais quis descrever nessa primeira parte, foi o que se foi armando inicialmente para o que se pode chamar de “o golpe anunciado”, que acabou acontecendo, somente este ano.
Farei um esforço para completar a segunda parte que, logicamente, abordará desde Agosto de 2011 até os dias atuais.

Saudações Trabalhistas, as verdadeiras!


MEMORIAL - PDT MARANHÃO - Parte I
(Meses Outubro de 2010 a Julho de 2011)
Por Igor Lago.

Outubro de 2010 –

O ex-governador Jackson Lago, após enfrentar uma campanha eleitoral que, no seu dizer na noite da apuração, dia 03 de outubro de 2010, “foi muito desigual, covarde e com traços antidemocráticos”, devido ao pedido de impugnação de sua candidatura (baseado no Projeto de Lei Ficha Limpa) pela Procuradoria Eleitoral do Maranhão ao TSE que, por sua vez, engavetou o processo durante 43 dias, somente julgando-o na noite da quinta-feira, dia 30 de setembro (último dia de campanha por televisão e rádio). O estrago foi feito. Os seus adversários, a Sra. Roseana Sarney e o Sr. Flávio Dino, aproveitaram, nas suas campanhas, para divulgar que a candidatura Jackson Lago não valia, que era “Ficha Suja”. O resultado todos sabemos: Jackson Lago ficou em terceiro lugar e não houve nem segundo turno!

Novembro de 2010 –

Jackson Lago faz reuniões com membros do Partido. Acorda-se que, na sua ausência, tudo seja discutido e decidido coletivamente, conforme a sua prática de dirigente partidário.
Jackson Lago viaja a São Paulo para tratamento de saúde.
Enquanto isso, os deputados federais Julião Amin (PDT) e Flávio Dino (PC do B) se reúnem em Brasília com o então ministro Carlos Lupi – presidente nacional licenciado (porém, de fato, do PDT).

Dezembro de 2010 –

Jackson Lago, muito debilitado, interna-se a meados do mês.
No dia 20 de dezembro, o vice-presidente do PDT do Maranhão, deputado federal não reeleito Julião Amin e terceiro suplente da coligação eleitoral, “sem o conhecimento dos membros do Partido maranhense”, mas, conforme o próprio, “a pedido da Direção Nacional do PDT” (leia-se Srs. Lupi e Manoel Dias), ajuíza em nome do PDT do Maranhão, um Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) contra o vereador por Açailândia e deputado federal eleito Hélio Santos do PSDB que, com o PTC, formaram a coligação que deu sustentação à candidatura Jackson Lago ao governo do Maranhão em 2010. 
Devido à sua internação, tomamos a iniciativa, com alguns companheiros do PDT, de tomar as providências jurídicas cabíveis para evitar esse ato de traição a um companheiro de um partido aliado, além de ser   representante de um grupo político da região do sul do estado que colabora na luta contra a Oligarquia maranhense, ao lado de Jackson Lago, desde 2002.

Janeiro de 2011 –

Jackson Lago, após alta hospitalar e em tratamento quimioterápico contra o câncer de próstata, na cidade de São Paulo, assina documento que desautoriza a iniciativa do vice-presidente Julião Amin, como DESISTÊNCIA DE RECURSO “de forma inequívoca, irrevogável e irretratável”  argumentando que se cuidava de iniciativa “sem consulta do interesse político-jurídico da agremiação”.
Nesta ocasião, disse-me: “Meu filho, se existe um partido no Maranhão que não pode fazer este tipo de coisa é o nosso. Além de injusto, nós fomos vítimas deste tipo de procedimento!”.
O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão homologou o pedido de desistência formulado pelo Presidente do PDT do Maranhão, ex-governador Jackson Lago.

Fevereiro de 2011 –

O ex-governador Jackson Lago cumpre o tratamento quimioterápico. Sofre as consequências do mesmo, interna-se novamente. Tem alta hospitalar após alguns dias e dá continuidade ao tratamento.
O Sr. Julião Amin telefona para perguntar sobre a inclusão de meu nome como membro do Diretório Nacional do PDT, que realizaria Convenção Nacional em março. Disse ao mesmo que isto deveria ser perguntado ao nosso pai. Ele realiza a consulta ao ex-governador Jackson Lago, por meio de sua esposa, Dra. Clay Lago, que lhe transmitiu a autorização da inclusão.
Sem o conhecimento dos membros do PDT do Maranhão (inclusive do seu presidente Jackson Lago) e, ao que tudo indica, com todo o respaldo dos Srs. Carlos Lupi e Manoel Dias, no dia 02 de fevereiro, contrariando as determinações do Presidente do PDT do Maranhão, o primeiro suplente do cargo de deputado federal Weverton Rocha (candidato apoiado pelos dois dirigentes nacionais e pelos setores fisiológicos do PDT maranhense), atravessa petição nos autos para, na qualidade de terceiro interessado, assegurar sua participação no feito como litisconsorte ativo e requerer, ainda, a reconsideração da decisão que homologara a desistência pelo TRE do Maranhão. Vale ressaltar, para pasmo dos companheiros pedetistas maranhenses, que o segundo suplente do cargo de deputado federal pelo PMDB, Sr. Francisco Luiz Escórcio Lima, no dia 10 de março, foi arrolado como testemunha, para pleitear, também, seu ingresso no pólo ativo da demanda por entender “evidente” o seu interesse jurídico.
Pasmeis vós!

Março de 2011 –

O ex-governador Jackson Lago interna-se duas vezes, debilita-se.
Enquanto isso, no dia 10 de março, o Diretório Nacional do PDT (Carlos Lupi e Manoel Dias) requere a juntada de instrumentos de mandato outorgados aos mesmos advogados que subscreveram a inicial, pleiteia a sua “habilitação” no feito “na condição de Recorrente”, ratificando “o inteiro teor da Petição Inicial do RCED”.
(Ninguém, além dos autores dessa iniciativa, tinha conhecimento desse fato!)
O PDT nacional faz sua Convenção no dia 25 de março:
Jackson Lago continua como vice-presidente nacional do PDT. O nosso nome é formalizado como um dos vários membros do Diretório Nacional. Muitos dos nomes maranhenses escolhidos para membros do Diretório Nacional são indicados pelo suplente Weverton Rocha (assessor do ministro Carlos Lupi) sem consulta ao partido maranhense e ao seu próprio presidente. Alguns nomes históricos e de representatividade política são excluídos.
(Tudo para obter uma suposta maioria lupista no Diretório Nacional em detrimento dos históricos e líderes partidários mais representativos!).

Abril de 2011 –

Após 7 anos de luta contra o câncer de próstata e cinco dias após sua última internação, Jackson Lago falece às 18:15h do dia 04 de abril na cidade de São Paulo.
Seu corpo chega a São Luis no dia 05 de abril onde é saudado pelas pessoas durante o trajeto aeroporto-sede do PDT- local onde queria ser velado. Milhares de pessoas passam pelo seu ataúde. Comoção na cidade e no estado...
No dia 07, quinta-feira à tarde, o ex-deputado federal Julião Amin e vice-presidente do PDT faz uma visita e nos convida para substituir Jackson Lago na presidência do PDT maranhense. Respondi que este convite deveria ser feito, primeiramente, a Clay Lago, porque, apesar de acompanhar toda a sua luta, saí para estudar, fazer especializações médicas e morar fora do estado (apesar de ter vínculo profissional em São Luis e em Imperatriz desde 2003 e 2006, respectivamente), a Clay era a viúva e tinha o contato pessoal mais frequente com os companheiros do partido.
Na noite da Missa de Sétimo Dia, domingo, o ex-deputado Julião Amin solicita reunião com Clay Lago, Ludmila Lago e seu esposo Júlio Noronha, Luciana Lago e eu, além de irmãos de Jackson Lago, na qual fica acertado que o meu nome seria o indicado, uma vez que a Clay achava que poderia contribuir melhor sem envolver-se nas questões de partido.
Julião Amin retira-se com o intuito de levar à Brasília essa sugestão, pois “tudo se resolve por lá”, apesar de lhe sugerir que conversasse com os demais membros do partido maranhense, com os quais vínhamos conversando, também, há algum tempo. Disse-lhe que transmitiria aos demais membros da Comissão Provisória Estadual do PDT do Maranhão, o que fiz na manhã seguinte, no dia 12.
Eles se reuniriam à tarde e me chamariam para comunicar formalmente a posição deles. Todos os que participaram desta reunião, os senhores Francisco Rodrigues de Sousa (Chico Leitoa), Clodomir Paz, Cândido Lima, Luis Carlos Ribeiro, os deputados estaduais Carlos Amorim e Valéria Macedo (além do deputado estadual Camilo Figueiredo, que não pôde estar presente, mas acompanhava a reunião por telefone), os prefeitos Hilton Gonçalo e Deoclides Macedo concordaram com a sugestão e formalizaram uma segunda reunião para a sexta-feira, dia 15, com a presença de todos os membros da Comissão.
(Nesta segunda reunião, apesar de confirmar presença, o ex-deputado federal Julião Amin tentou cancelar a reunião e, juntamente com os Srs. Weverton Rocha e Luis Carlos Ribeiro (ambos nomeados por Brasília secretário geral e tesoureiro, respectivamente) não participaram).
Os participantes desta (8 dos 11 membros) fizeram um documento que seria entregue, em Brasília, aos presidente e secretário nacionais do PDT pelo ex-deputado federal Wagner Lago.
Fiquei de comunicar aos mesmos esta iniciativa assim que possível - o que fiz na mesma semana. Porém, só tive oportunidade de comunicar para o Manoel Dias. O Sr. Carlos Lupi atendeu ao telefone, desculpou-se por estar numa reunião e nunca mais atendera aos nossos telefonemas.
Enquanto esperávamos um posicionamento da Executiva Nacional a respeito do que a maioria dos membros da Comissão Provisória Estadual do PDT – Maranhão decidira, tomei a iniciativa de telefonar e/ou visitar alguns líderes nacionais do PDT, dentre eles os deputados federais Brizola Neto, Miro Teixeira, Vieira da Cunha, Giovani Queiroz, Alceu Colares, Ronaldo Lessa...
O secretário nacional Manoel Dias afasta-se por problemas cardíacos e não é substituído pelo secretário nacional adjunto, o deputado federal Paulinho da Força. Os assuntos partidários ficam paralisados!
(O que foi alegado, como desculpa, por não haver sido tratada a questão maranhense!).

Maio de 2011 -

Finalmente, no dia 12 o então ministro Carlos Lupi decide receber os membros do PDT maranhense no próprio Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dentre estes, eu, o ex-deputado federal Wagner Lago, o ex-prefeito de Timon Chico Leitoa, o prefeito de Porto Franco Deoclides Macedo e os seus assessores Julião Amin e Weverton Rocha.
Reunião tensa, na qual Lupi fez questão de adotar uma postura de “dono do partido”. Disse que estava muito chateado com os membros estaduais do PDT que, “sem consultá-lo, haviam tomado aquela iniciativa, que não era nada contra mim, mas que achava que deveria ser comunicado, etc”.
Este encontro só aconteceu porque fracassara uma tentativa de reunião do partido no Maranhão convocada pelos senhores Julião Amin e Weverton Rocha, para a qual só compareceram os próprios e o Luis Carlos Ribeiro.
Ficou acordado de reiniciarmos as atividades partidárias já atrasadas, que consistiam na reorganização do partido em todo o estado para atender às questões legais. Nesta reunião, percebemos a intenção de se mexer na Comissão que tinha 12 membros (o Estatuto só permite 11! Essa alteração para 12 foi feita em Brasília para a inclusão do nome do tesoureiro Luis Carlos Ribeiro, em total desrespeito ao Partido e à maioria dos membros da Comissão), na qual os adeptos do ministro eram somente 3, apesar de serem o vice-presidente, o secretário-geral e o tesoureiro.
(As comissões executivas, que tocam os assuntos do partido, são formadas por 5 membros, a saber: presidente, vice-presidente, secretário-geral, tesoureiro e líder de bancada nas câmaras municipais ou assembléias estaduais).
O segundo encontro, no dia 26 de maio, marcado inicialmente na sede nacional do PDT e, de última hora, mudado para o MTE, com os mesmos participantes do primeiro encontro e o então ministro Lupi, “a Comissão Provisória foi aumentada de 12 para 23 membros, o que diminuiu a desvantagem dos partidários lupistas”.
(Tínhamos uma árdua tarefa pela frente, como sabíamos desde o princípio!).
 
Junho de 2011 –

No dia 06, assumimos formalmente a presidência da Comissão Provisória Estadual do PDT maranhense. Fizemos a segunda reunião de reorganização, uma vez que a primeira ocorrera ainda no 23 de maio, já com a nossa participação. Ao todo, faríamos 16 reuniões ordinárias e extraordinárias, as quais não faltei a nenhuma (ao contrário de alguns membros que utilizam o argumento de eu não morar em São Luis, apesar de ter vínculo profissional, familiar e político).
No dia 07, foi feito um ato na sede do partido, para formalizar a nova Comissão Provisória Estadual.
Viagem a Bacabal, São Mateus, Santa Rita e Rosário para reuniões e filiações partidárias.
(É lamentável que o nosso partido maranhense estivesse nessa condição provisória, pois assim, ficamos à mercê dos desígnios dos “donos cartoriais do partido”, realidade que acontece na maioria dos estados!).

Julho de 2011 -

No dia 04, no final da reunião quinzenal, o suplente Weverton Rocha apresenta um documento assinado pelo vice-presidente suplente Julião Amin para que autorize o TRE maranhense a lhe entregar a senha que dá acesso aos registros partidários, com a justificativa de que o meu nome ainda não estava formalizado por “atraso” da Executiva Nacional. Concordei neste momento, pois não sabia da real situação desse “atraso”. Quando tomei conhecimento de que esse fato acontecera porque o documento da Executiva Nacional do Partido, que formalizaria o nosso nome junto ao TRE maranhense, fora encaminhado para Brasília, em vez de São Luis,  percebi uma manobra para protelar a formalização de nosso nome e permitir que a senha do partido ficasse sob o controle do secretário geral. Tomamos as providências cabíveis para que o nosso nome fosse regularizado junto ao TRE.
No dia 15, Lupi visita São Luis, faz palestra na Federação das Indústrias do Maranhão, visita a governadora Roseana Sarney (sem assinar nenhum protocolo!) e o Sistema de Comunicação Mirante - verdadeiro império das comunicações no estado, de propriedade da família Sarney, o que muitos consideram a “alma do sarneyísmo”. À noite, faz uma visita na sede de nosso partido onde o recebemos. A fala foi triste: Num exercício de papel de “dono do partido”, fala que após a morte do Jackson, o PDT do Maranhão era outra coisa.
(Nas entrelinhas, agora, o PDT era dele sem o menor respeito para com a história do partido!).
No dia seguinte, a convite do prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, acompanhei as atividades do ministro com a prefeitura desta cidade. Em determinado momento, o ministro perguntou-me o que achava do filho do suplente de deputado estadual Edvaldo Holanda - quem chegara junto com o ministro. Respondi-lhe que não o conhecia. Sondou sobre aliança eleitoral e fui categórico: Tudo que vier de cima para baixo ficará ruim! O partido deve discutir e achar o melhor caminho.
(Sem debate e desrespeitando a própria Resolução Nacional, a sigla PDT foi para a candidatura deste jovem que já foi 2 vezes vereador de São Luis sem projetos de relevância para a cidade e, atualmente, é deputado federal com o mesmo desempenho; porém,  licenciado para dar 4 meses de mandato ao suplente “menino de ouro” do Lupi).

Continuará...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Uma ligeira reflexão sobre as eleições em São Luis

Com relação ao nosso partido, o PDT, ressalto que a sua participação nestas eleições é a mais deprimente de toda a sua história.

Quando presidente da Comissão Estadual fui testemunho do trabalho liderado pelo professor Moacir Feitosa e a professora Jô Santos, presidente e secretária geral, respectivamente, do último Diretório Municipal de São Luis.

Antes de todo aquele processo, que culminou com a violência daqueles senhores (o ex-ministro Carlos Lupi e o eterno secretário geral nacional Manoel Dias) contra o nosso partido local, e que colocaram os atuais dirigentes estaduais e municipais - a grande maioria sem o crédito de nossa sociedade -, havia uma lista de 52 nomes como pré-candidatos a vereador. Os atuais dirigentes da violência lupista só conseguiram nominar 20 e, segundo as últimas notícias, apenas 14 destes estão em campanha eleitoral.

Como se não bastasse, o processo de escolha sobre o rumo a seguir pelo partido não foi discutido, sequer colocado para a sua militância. Nada disso. Tudo fora decidido em Brasília no ano passado, a quatro paredes, ainda no Ministério do Trabalho e Emprego (antes que o ex-ministro fora demitido por causa dos inúmeros escândalos noticiados pela imprensa nacional) com a participação de nossos ilustres dirigentes e de outro dirigente partidário local que, ora, acha-se ungido à condição de “São Sebastião” das oposições maranhenses.

A nossa ideia, em relação a São Luis, seria iniciar as discussões neste ano e, num ambiente democrático, formar uma grande chapa de candidatos a vereador e optar pelo rumo que a maioria decidisse em caso de não haver consenso. Todos sabiam desta nossa intenção. E, não tenho dúvidas, seria a melhor homenagem que poderíamos prestar ao nosso falecido líder. Entretanto, os atuais dirigentes aproveitaram (com a lógica do controle cartorial dos dirigentes nacionais!) os desdobramentos da crise, que atingiu e derrubou o ministro, para golpear o nosso partido. Lamentavelmente é o que estamos presenciando.

Um quadro triste: Os piores dirigentes da história maranhense à frente do partido de Jackson Lago! A Oligarquia, sorrateira, agradece.

De forma antidemocrática impuseram uma aliança com um candidato de outro partido menor que o nosso que, apesar de ter exercido dois mandatos de vereador e, atualmente,  exercer o de deputado federal (embora licenciado a favor do suplente  “menino de ouro” do Lupi, que encontra-se encurralado por vários processos judiciários por improbidade administrativa e, mesmo assim, ainda tenta cassar, injustamente, o mandato de outro deputado federal eleito, democraticamente, pela coligação que apoiou a candidatura Jackson Lago em 2010), sem tradição com as lutas históricas populares e democráticas da ilha de São Luis.

Não há projeto de relevância para a cidade de São Luis ou um discurso qualquer na Câmara dos Deputados desse candidato que justifique o apoio do PDT!

A recente vinda do Lupi a São Luis representa o escárnio a toda a nossa história de partido popular e democrático. Demonstra que, como dirigente partidário nacional, não segue em nada os preceitos brizolistas. Nada aprendeu com um dos maiores líderes políticos deste país. Ao contrário, aproximou-se, segurou a pasta, concordava com tudo (mesmo com os eventuais erros!), balançava o queixo positivamente, assenhoreava-se da situação para, taciturnamente, desfigurar o PDT num partido de negociatas. E, se desdenhou do significado brizolista, o faz, agora, sem o menor escrúpulo, do legado de nosso Jackson Lago.   

Portanto, companheiras e companheiros do PDT, com todo o respeito que lhes tenho e por uma questão de coerência política, não posso concordar com esse rumo partidário. Para mim, é o rumo da violência, da discórdia, do arbítrio. É o que há de pior para o nosso partido.

Saudações Trabalhistas!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

PDT e as contribuições partidárias

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Recebi com tristeza, nos últimos dias, notícias sobre atitudes incorretas de dirigentes de nosso partido a respeito das contribuições partidárias. São situações que envolvem os atuais dirigentes estaduais e seus funcionários cobrando contribuições de dirigentes municipais. Alegam obrigatoriedade das mesmas, coagem e, inclusive, ameaçam com a retirada do direito de candidaturas a vereador, vice-prefeito e prefeito dos companheiros pedetistas pelo Maranhão afora.
Quando o tema é contribuição financeira, o Estatuto  tem 3 artigos, os quais descrevo abaixo e faço minhas considerações em negrito, itálico e sublinhadas:
Art. 9º - São deveres do filiado do PDT:
IX - contribuir financeiramente para o Partido;
Aqui não se afirma a obrigatoriedade, a forma, a quantia e a frequência da contribuição!
Art. 73° - São contribuições obrigatórias de filiados ao Partido:

a) dos membros do Diretório Nacional, Estaduais e Municipais, no valor mensal que cada um desses órgãos determinar;
Aqui, cada instância determina o valor mensal da contribuição. Compreende-se que o Diretório Nacional estipula esse valor para os membros obrigados a contribuir para esta instância e, assim, sucessivamente, os Diretórios ou Comissões Estaduais para os seus membros e os Diretórios ou Comissões Provisórias Municipais para os seus membros, respectivamente.

b) dos Parlamentares de todos os níveis e dos ocupantes de cargos em comissão nos respectivos gabinetes e nos órgãos diretores do Poder Legislativo, na proporção de dez por cento (10%) dos respectivos subsídios e remunerações brutas, superiores a quinze (15) salários mínimos e cinco por cento (5%) nos de menor valor, com a exclusão das contribuições previdenciárias e do Imposto de Renda;
 
Aqui a contribuição obrigatória é considerada de acordo com o nível salarial dos parlamentares e filiados que ocupam cargos comissionados no Legislativo, ou seja, 10% do valor líquido para quem recebe acima de 15 salários mínimos (> 9.330 reais ) e 5% para quem recebe menos desse valor(<9.330 reais).
 
c) dos titulares de mandato executivo e dos ocupantes de cargos de confiança nos Poderes Executivos na proporção de dez por cento (10%) nas remunerações superiores a quinze (15) salários mínimos e a cinco por cento (5%) nas remunerações de menor valor, com a exclusão das contribuições previdenciárias e do Imposto de Renda;
Aqui, também, a mesma consideração anterior.
Agora, prestem atenção ao que se segue:

§ 1o - As contribuições arrecadadas serão destinadas:

a) ao Diretório Nacional, as referentes aos parlamentares federais, seus gabinetes e órgãos da administração federal, inclusive Presidente e Vice-Presidente da República e Ministros de Estado;

b) aos respectivos Diretórios Estaduais, as relativas aos Deputados Estaduais, seus gabinetes e órgãos da administração estadual, inclusive dos Governadores, Vice-Governadores e Secretários de Estado;

c) aos respectivos Diretórios Municipais, as referentes aos Vereadores, seus gabinetes e órgãos da administração municipal, inclusive dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e Secretários Municipais;

§ 2º - Os parlamentares são solidariamente responsáveis pelo cumprimento das contribuições de seus gabinetes.

§ 3º - É facultado aos Diretórios Estaduais, Municipais, Distritais ou de Bairros, e aos Núcleos de Base, estabelecer critérios de contribuição dos filiados, respeitando-se a premissa de que um Partido popular não pode restringir a participação em razão do poder econômico, bem como devem ser observados os princípios éticos na obtenção de recursos.

Aqui, o trecho destacado faz cair por terra qualquer ação de dirigente partidário nacional, estadual  ou municipal, no que se refere à restrição da participação do filiado por questão econômica. Somos um partido popular! Se o filiado que não está incluído naquela classificação das contribuições obrigatórias dos incisos a, b e c, ou seja, não é ocupante de Diretórios ou Comissões nacionais, estaduais e municipais, mandato ou cargo legislativo ou executivo e comissionados, não tem porque ter restrição nenhuma!
§ 4º - O filiado que se encontrar em mais de uma das condições estabelecidas nas alíneas a e c do caput deste artigo contribuirá pela que representar maior valor de contribuição.
Aqui, só faz referência ao filiado que estiver incluído em mais de um daqueles incisos citados, a sua contribuição deve ser baseada conforme o recebimento de maior valor.
Art. 74 - Somente os filiados que estiverem em dia com suas contribuições financeiras estatutárias poderão votar e ser votados nas instâncias partidárias, bem como concorrer a eleição para cargos públicos.
Aqui, vale lembrar, o valor mensal deve ser estipulado por cada instância, conforme o inciso a) do artigo 73. Igualmente, devemos recordar o que está sublinhado no artigo 73, inciso c, parágrafo 3 sobre a restrição de participação. Portanto, se a Comissão ou o Diretório Municipal não se reuniu para determinar esse valor mensal, os dirigentes estaduais ou nacionais não tem respaldo estatutário para cobrar. Não há nada referente a isso! Num partido popular e democrático, conforme o nosso Estatuto, o que esses dirigentes podem fazer é orientar o cumprimento da prática partidária. Mesmo assim, o dirigente estadual ou nacional não tem o direito de cobrar para sua instância o valor mensal correspondente a outra instância. Ou seja, os dirigentes estaduais de nosso partido não podem cobrar para a Comissão Provisória Estadual valores que são das Comissões ou dos Diretórios Municipais. 
 
Gostaria de ressaltar que o PDT no Maranhão é constituído, em sua maioria, por companheiros de baixo poder aquisitivo e que não se curvaram às pressões e ofertas dos poderosos de nossa terra. Como  podemos aceitar tais práticas que não condizem com a história de nosso partido? Quando estive à frente do PDT estadual por quase 6 meses, tentei organizar as finanças da Comissão Provisória Estadual. Em 3 reuniões de nossa Comissão abordamos o assunto e decidimos praticar a arrecadação obrigatória e voluntária dos nossos membros para, no futuro, torná-la uma prática comum a todos os filiados. Infelizmente, houve uma situação inusitada: o banco que detém a conta partidária alegou que não podíamos movimentar a conta bancária por sermos Comissão Provisória e,  segundo o gerente da agência em São Luis, teria sido uma determinação de Brasília. 

Os advogados do PDT maranhense entraram em ação. O interessante de tudo isso é que o PDT do Maranhão já era Comissão Provisória há muito tempo, assim como a maioria do partido pelo Brasil afora. Quando conseguimos resolver essa situação, já era tarde. O partido já estava paralisado pelas denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho e Emprego, o que nos fez tomar a decisão de aguardar o desfecho daquela crise já no final da vigência da nossa Comissão. 

O resto da história todos sabem:  Fomos enganados pelos senhores Lupi e Manoel Dias! Chegaram a dizer que houve uma “quebra de confiança” pelas minhas declarações que tiveram o intuito de esclarecer os fatos relacionados à fatídica e mal organizada viagem ao Maranhão, bem como defender o nosso Partido e o legado de Jackson Lago. 
 



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Cidadão Imperatrizense

Discurso de Agradecimento ao Título de Cidadão Imperatrizense

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara de Vereadores, Sr. Hamilton Miranda, em nome do qual cumprimento a todos os vereadores e funcionários desta casa,
Excelentíssimo Senhor Prefeito da cidade de Imperatriz, Dr. Sebastião Madeira,
Ilustre Ex-Vice-Governador do Estado do Maranhão Pastor Porto,
Ministro Edson Vidigal,
Ex-secretária de Segurança Pública Dra. Eurídice Vidigal,
Autoridades municipais e estaduais,
Amigas e amigos que nos prestigiam nesta tarde, dentre eles, os Srs. Siqueira, Fernando Antunes, Arnaldo, Josué Moura, ...

Primeiramente, quero agradecer, em nome da Clay, ao vereador Pastor Gonçalves, pela indicação de seu nome para receber o título de cidadã de Imperatriz.
Igualmente, agradeço ao Vereador jornalista Alberto Sousa, que teve a iniciativa de propor meu nome para receber o título de Cidadão Imperatrizense.
Ao tomar conhecimento de sua iniciativa, surgiu-me uma felicidade, não pelo título em si, o que já é uma grande deferência, mas pelo gesto, que atribuo como mais uma homenagem ao meu falecido pai, e por tudo o que ele representa para os imperatrizenses.

Aproveito, também, vereador Alberto Sousa, para lhe agradecer pela coragem e altivez de ficar ao seu lado em sua última, derradeira e tão prejudicada campanha eleitoral, assim como a cidade de Imperatriz, que não caiu nas estórias de seus adversários e sufragou seu nome com mais de 73% de seus votos.

Em segundo lugar, agradeço à Câmara Municipal de Imperatriz, indistintamente, a todos os seus vereadores pela homenagem.

Sinto-me honrado por receber esta honraria, já concedida ao meu pai, que agora compartilho com todos os meus familiares, amigos e colegas de profissão, dentre eles, os Drs. Mauro Fonseca e Nilton Santana, responsáveis por minha atuação profissional nesta cidade, já que me convidaram para fazer parte de um serviço de hemodinâmica - único na região -, e que já realizou mais de 4.623 procedimentos diagnósticos e terapêuticos desde julho de 2006. Igualmente, comparto com os Drs. Ricardo Olivi e esposa, Cruz e esposa, Cassius, Daniela, Enfermeira Laudirene, Secretária Jacy e funcionários.

Imperatriz é uma cidade ímpar em nosso estado. Os bandeirantes, que aqui chegaram nos séculos XVI e XVII, encontraram os índios krikatis e outras etnias. O sítio se transformou em Povoado de Santa Teresa do Tocantins, depois, Vila de Imperatriz no século XIX para, finalmente, tornar-se cidade no século XX. Hoje é a segunda cidade do nosso estado e a ducentésima décima sétima em PIB dentre as quase 6.000 cidades brasileiras. Com certeza, muito mais cedo que tarde, será a capital do futuro estado Maranhão do Sul. Admiro em seu povo o empreendedorismo, a autonomia e uma vontade de vencer que deve servir de exemplo para todas as cidades de nosso estado, inclusive São Luis.

Na história das lutas pela independência dos países latino-americanos, há um herói cubano, o escritor, diplomata, poeta e guerreiro José Martí, que tem uma frase oportuna para esta ocasião, e que serve para nos prevenir da arrogância e do orgulho fúteis: Toda a glória do mundo cabe num grão de milho!

Recebo este título, que pode não caber num grão de arroz de casca amarelada – uma das cores da bandeira imperatrizense -, com muita humildade. Devo dizer-lhes que essa honraria me estimula a continuar na luta pelos valores que determinam o progresso humano, como a democracia, o direito, a liberdade, o estado laico, a justiça, a igualdade, a cidadania, aos quais tanto se dedicaram Dom Felipe Gregory, Dr. Ulisses Braga, ilustres personalidades desta cidade, assim como Maria Aragão, William Moreira Lima, Neiva Moreira, Jackson Lago e tantos outros em nosso estado, a exemplo do nosso ministro Edson Vidigal.

É o que tenho procurado fazer, seja ao atender o convite da maioria dos membros da Comissão Provisória do PDT deixada por ele, quando assumimos a sua presidência entre 06 de junho e 01 de dezembro de 2011, seja aqui e agora, quando estamos afastados, arbitrariamente, por uma decisão monocrática de uns senhores que não entendem o significado da Grécia.

Sim, da Grécia! Aquele pedaço de chão, que hoje encontra-se numa crise político-econômica mas, logo, com as próximas eleições, dará mais uma demonstração de crença na democracia. Esse país, há 25 séculos atrás, formado por pequenas cidades e colônias, conservavam entre si uma autonomia, um respeito, uma reticência ao imperialismo e à prepotência de tiranos, o que nos marcou para sempre ao dar sentido à civilização ocidental, ao ensinar que o diálogo, as discussões e decisões coletivas são uma maneira mais ética de convivência, ao invés do dar e obedecer ordens, da imposição, da guerra. Eles inventaram ou tornaram mais elementar a Democracia – regime imperfeito, como toda obra humana, mas superior a todos os demais.

Sinto-me tranquilo e convicto de que estou onde devo estar: Ao lado daqueles melhores valores cívicos, pautado pela ética e cultivando a democracia, seja como militante de um partido político, seja como um cidadão comum, embora muito diferente daquele que o ex-presidente Lula referiu-se num passado recente.

Esta é a melhor forma de homenagear a todos que lutaram e lutam por um Maranhão, um Brasil e um mundo melhor. É a forma mais sincera de retribuir essa homenagem.

Muito obrigado!

EDSON VIDIGAL PARA PREFEITO DE SÃO LUIS

Todos sabem que estamos na luta pela candidatura própria a prefeito de São Luis. O nosso candidato é o ministro Edson Vidigal que, diga-se de passagem, é o melhor dentre os candidatos em todos os aspectos.

O PDT nacional, refiro-me aos senhores Lupi e Manoel Dias, cometeu uma barbárie para com o partido aqui no Maranhão. Além de não respeitar os princípios de democracia interna, tão afirmados em nosso estatuto, a exemplo do artigo 8, escolheu como dirigentes de nosso partido uma minoria para representá-lo. E uma minoria muito ruim!
E, até agora, jamais se pronunciaram sobre a candidatura própria a prefeito de São Luis. Não lhes causou interesse. Porque? Eles mesmos que produziram uma Resolução Nacional de candidatura própria, principalmente nas capitais? Causa estranheza a atitude de nossos presidente e secretário geral nacionais. Logo eles, os responsáveis pelo crescimento e bom desempenho de nosso partido nas eleições, que ficam Brasil afora atrás de candidatos a prefeito das capitais e outras cidades, brigam, interferem nos partidos municipais para terem candidatura própria, a exemplo do episódio de Niterói-RJ!

E nós temos o melhor candidato a prefeito de São Luis. Trata-se do ex-presidente do STJ,  ministro Edson Vidigal. Nome forte, ex-candidato a governador do Maranhão em 2006 com 15% dos votos no primeiro turno, e ex-candidato a senador pelo Maranhão em 2010 ficando na quinta colocação com uma votação elogiável. Em São Luis ficou em quarto lugar com 120.063 votos. O ministro é professor de Direito da UNB e da nossa UFMA, além de exercer advocacia brilhantemente. É jornalista e excelente cronista. E, os nossos dirigentes nacionais, nem sequer vieram ao Maranhão para tratar disso!
Deixaram tudo por conta da dupla dinâmica da minoria, que passou a dirigir a Comissão Estadual, encabeçada pelo desacreditado ex-deputado federal Julião Amin e por seu amigo, o sem boa reputação (já que responde a vários processos por improbidade administrativa, colecionando, agora, mais um do Ministério Público Federal do Distrito Federal!) e atual suplente no exercício do mandato de deputado federal Weverton Rocha, numa negociação com o atual candidato pelo PTC, deputado federal Edvaldo Holanda Junior, ex-vereador por 2 mandatos em São Luis (e que não tem nenhum projeto de relevância para a cidade, assim como nenhuma identidade política na luta anti-oligarquia!).

Esta candidatura do Holandinha, desculpem-me, nasce manchada pelo descrédito e pela má reputação daqueles senhores citados acima,  que nomearam uma Comissão Provisória Municipal de São Luis, da mesma forma que foram nomeados, ou seja, arbitrária e descabida. O candidato ofereceu 4 meses de mandato de deputado federal em troca do apoio de nossa sigla! Muito ruim, efêmero. Que renovação é esta?

E, como fazem a política baseada nos interesses pessoais em busca de cargos, mandatos e outras vicissitudes, desfizeram esta Comissão Municipal de São Luis e já fizeram outra, esta bem pior, já que não tem pessoas representativas e é encabeçada pelo suplente sem boa reputação.

Vale relembrar que a dupla Weverton Rocha-Julião Amin teve menos votos para deputado federal em São Luis que o nosso ex-presidente do Diretório Municipal, o professor Moacir Feitosa. Mesmo assim, os grandes gestores nacionais de nosso partido decidiram pelos ruins de reputação e credibilidade.
Já disse que é a pior Comissão ou Diretório de toda a história do PDT de São Luis. Os Sarneys devem estar sorrindo para esta nossa situação, pois não há melhor cenário do que este: o principal partido das oposições sendo esfacelado por decisões medíocres e mesquinhas de seus atuais dirigentes sem estatura moral e política, que se entregam a cada dia aos interesses de outro segmento das oposições que deseja renovar a política com as mesmas práticas envelhecidas e desacreditadas. Basta ver como fazem as suas conversas e negociações, a exemplo do que está acontecendo em nosso partido.

Mas, tudo isto para atender aos desígnios dos ungidos do Carlos Lupi aqui no Maranhão. E estes, com a anuência do Lupi e do Manoel Dias, atuam contra a própria Resolução Nacional de nosso partido, ou seja, contra a determinação de candidatura própria que o Lupi e o Manoel Dias determinaram meses atrás.
Pasmem! Os próprios criadores da Resolução a estão rasgando! Tudo em nome dos minúsculos interesses desses senhores ungidos, que já começam a mexer no Partido reorganizado democraticamente e sob o legado de Jackson Lago.
Mas, acredito que o PDT é maior do que todos eles!

A tese da candidatura própria é coerente com o momento político do nosso partido e de nossa cidade. Representa uma homenagem à memória de nosso fundador Jackson Lago e uma alternativa real para São Luis.

Sigamos em frente. Acorda Brasil! Acorda PDT autêntico! Não se resigne a esses acontecimentos que maculam a nossa história.

Despertem Movimentos Negro, Mulheres, Sindical, Cultura, Juventude.

Honrem a memória de nossos fundadores!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

IMPERATRIZ

Desde o dia 07 de julho de 2006 passei a trabalhar uma ou duas vezes por mês na cidade de Imperatriz. Logo completarei 6 anos de convivência com os seus cidadãos e cidadãs que me dão a oportunidade de compartilhar as suas alegrias, os seus desafios e a sua disposição de viver. Admiro muito o povo imperatrizense por ser trabalhador, empreendedor e independente, apesar de todas as dificuldades de se encontrar num estado dominado há quase 50 anos pelo mesmo grupo político.

Nesse período, tive a oportunidade de conhecer pessoas de grande valor, dentre elas o prefeito Sebastião Madeira que, além de ter sido um grande médico urologista da cidade, deputado federal por várias legislaturas,  sempre foi um aliado de primeira hora do ex-governador Jackson Lago e, façamos justiça, está sendo um grande prefeito de Imperatriz.

Vivi momentos muito significativos ao lado desses dois grandes homens públicos nas campanhas eleitorais de 2006 e 2010, especialmente nesta última, quando o prefeito Sebastião Madeira foi um agente protagonista fundamental para que a candidatura Jackson Lago se concretizasse. Sou testemunha da grande amizade, afeto, confiança e gratidão que um sempre teve pelo outro.

Muitos sabem que, recentemente, exerci uma função partidária de reorganizar o PDT sob o legado de Jackson Lago e seus ideais. Infelizmente, não pudemos continuar à frente de nosso partido maranhense pelo fato de estar numa fase muito ruim a nível nacional. Os dois principais dirigentes nacionais tomam, cada vez mais, as decisões mais esdrúxulas e antidemocráticas. Não tem a nossa natureza, a do Jackson, a do Neiva Moreira, a do Jango, a do Brizola, a do Darcy e tantos outros. Apelam para a lógica do domínio cartorial e da obediência servil. Entretanto, estamos na luta por um Partido melhor, por um Maranhão mais justo e por uma Imperatriz cada vez mais realizada e decidida a avançar mais sob a liderança de suas pessoas mais lúcidas e coerentes.

Portanto, sinto-me na obrigação cívica de manifestar a minha posição política e eleitoral na cidade que me acolhe há quase 6 anos: Não posso estar no mesmo palanque daqueles que apunhalaram o ex-governador Jackson Lago pelas costas em 2010, nem no palanque daqueles que traem o seu legado a cada triste ação partidária e, igualmente, no palanque daqueles que sempre foram os nossos adversários. Estou, como a maioria do PDT de Imperatriz, solidário ao prefeito Sebastião Madeira rumo a sua reeleição que se constituirá numa grande vitória das forças democráticas e progressistas da cidade e de nosso estado.

Tenho a certeza de que a brava gente tocantina não se deixará enganar pelos falsos argumentos dos oportunistas de plantão.

Saudações Trabalhistas!

MARANHÃO

Em 2012, infelizmente, estamos completando 48 anos de domínio político de um grupo em nosso estado, algo extremamente prejudicial à Democracia e ao próprio Estado de Direito. Esse domínio iniciou-se com a eleição da chapa José Sarney- Antônio Jorge Dino, apoiada pela Ditadura Militar, que obteve 51,70% dos votos em 03/10/1965.

A Ditadura Militar aboliu a eleição direta para governador e, a partir de 1970, os governadores passaram a serem “eleitos” indiretamente pelas Assembléias Legislativas, após as negociações entre as lideranças civis estaduais servis aos generais de plantão.

No Maranhão, esse papel foi desempenhado pelo Sr. José Sarney. De sua cartola, foram “eleitos” os Srs. Pedro Neiva de Santana/Colares Moreira (1971/1975);  Nunes Freire/José Dualib Murad(1975/1979); João Castelo/Artur Teixeira de Carvalho(1979/1982). Em 12 anos, foram três governadores escolhidos pelo Sarney e os generais militares!

Em 1982, nas primeiras eleições após a Anistia, foi eleito Luiz Rocha; em 1986, num acordão entre o então presidente da República José Sarney e o PMDB nacional, Epitácio Cafeteira; em 1990, Edson Lobão; em 1994, Roseana Sarney (cabe lembrar a suspeita de fraude eleitoral!); em 1998, reeleição de Roseana Sarney; em 2002, Zé Reinaldo Tavares (cabe lembrar o casuísmo dessa eleição pela não realização de segundo turno!).

Portanto, entre 1966 e 2006, o nosso estado foi governado por 9 governadores em 10 mandatos oriundos do mesmo grupo político ou, no caso do Cafeteira, em acordo com este. Foram 40 anos de onipresença no Palácio dos Leões de um grupo político que não aceita ser chamado pelo termo “oligarquia”.
 
Em 2006, pela primeira vez, um candidato não oriundo do sarneysismo elegeu-se governador do Maranhão. Infelizmente, o seu mandato foi cassado pelo TSE, num processo marcado por um viés político indecoroso que, segundo o ex-ministro Rezek, constituiu-se num verdadeiro “golpe jurídico”.  O interregno durou 2 anos, 3 meses e 17 dias! A filha do Oligarca foi empossada às pressas, sem esperar a publicação do Acordão, conforme determinara o “egrégio” tribunal.

Em 2010, Jackson Lago candidata-se com o intuito de retomar o seu mandato tomado na Corte brasiliense. Desejava a candidatura única, o plebiscito,  a integração de todos na mesma causa já no primeiro turno. No pior dos resultados, teríamos a chance de eleger um senador.

Infelizmente, as outras oposições lideradas pelo Sr. Zé Reinaldo e seu afilhado político, Flávio Dino, optaram por um caminho diferente, o da disputa e segmentação das oposições num momento adverso. Houveram duas candidaturas de densidade eleitoral ao governo e quatro ao senado. Pior, a partir de determinado momento da campanha eleitoral, investiram contra a candidatura Jackson Lago, mesmo nos últimos dois dias após a decisão final do TSE! O resultado todos sabemos: Perdemos a chance de ir ao segundo turno! Assim,    assistimos a uma das eleições mais casuísticas após a redemocratização do país.

O TSE determinara a aplicabilidade imediata do projeto de lei Ficha Limpa, desrespeitando o artigo 16 da Constituição Federal que diz: “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. Em alguns estados, muitos candidatos foram prejudicados, de forma irreparável,  a exemplo do nosso. A demorada decisão do STF de não fazer valer essa decisão do TSE para as eleições de 2010, só ocorreu no primeiro trimestre de 2011.

Jackson Lago tinha muita vontade de se recuperar e voltar à sede do Partido para continuar a sua luta em prol do desenvolvimento, da justiça e da dignidade de nosso povo. Isto está registrado em sua última entrevista.

Infelizmente, não está mais entre nós. Quando o substituí na presidência do PDT maranhense, a convite da maioria dos membros da Comissão deixada por ele, procurei exercê-la com os seus valores e ideais aprendidos durante toda a nossa convivência. Reorganizamos o partido democraticamente, de forma coletiva, em quase todos os municípios do estado. Mérito nosso? Não. Isto tudo é o seu legado, o seu nome e o que ele representa para a nossa gente!

Todos de nosso Partido sabem que sempre transmiti e estimulei a necessidade de procurarmos estar juntos aos outros partidos de oposição nas próximas eleições, sempre quando possível. Mas, tudo isto numa construção aberta e democrática, sem imposições de um partido a outro.

Cada município tem sua realidade, seus protagonistas. Não é fácil arrumar tudo e todos num só projeto estadual quando este ainda acontecerá daqui a dois anos, quando não temos um planejamento de concertar todas as oposições em torno de um programa de governo, ou seja, de compromissos.

Nas eleições municipais, discutem-se os problemas locais, as suas soluções, enfim, as cidades.  E devemos apoiar aquelas propostas que mais contribuem para o nosso desenvolvimento municipal. Apoiar gente de compromisso, de história, de espinha dorsal para, depois de eleito, resistir às investidas do adversário tradicional.

Tudo baseado na lealdade pela nossa causa maior e extrapartidária, a causa de nosso povo que só quer vida digna com direito a saúde, educação, trabalho, terra, moradia, saneamento básico, asfalto, ...

Também, sempre disse que discordava da tese de “amarrar” as eleições de 2012 às de 2014.

Que me desculpem os principais protagonistas senhores, professores, reitores, arquitetos ou autodenominados catedráticos políticos das oposições. É que não vejo sensatez. Ao contrário, vejo-a como um indício muito ruim, o de querer tentar impor uma hegemonia sem discussão, sem acordos programáticos, sem compromissos verdadeiros em torno de nomes, ou melhor, de um só nome. Lembremos o Nelson Rodrigues: “toda unanimidade é burra!”

Enfrentei isto no nosso partido, a influência e intromissão externa para a concretização dessa imposição. Os golpistas e ilegítimos dirigentes do atual PDT escondem os seus tristes atos nesta tese, neste escudo para 2014. E mudam arbitrariamente o ambiente que construímos no partido, a seu bel prazer, “em nome da causa de 2014”. Causa pessoal?

Seria muito ruim para as oposições navegar nas águas do fascismo, nas quais não se toleram as diferenças e os argumentos contrários vistos como heresia. Não podemos tentar superar ou negar o sarneysismo dinástico e substituí-lo por um pós-sarneysismo indescritível.

Acredito numa verdadeira união das oposições em 2014 baseada em programa e compromissos, no respeito e na lealdade interpartidárias, em busca de um objetivo comum, ou seja, do interesse público. Sem trapaças, maquinações ou coisas da política minúscula.

A esta unidade, todo democrata é devedor.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Fio da História

Quando atendi ao convite para ajudar os companheiros de meu pai, Jackson Lago, após o seu falecimento, a reorganizar o PDT maranhense, sabia dos desafios a serem enfrentados e que já se colocavam naquela ocasião.

A cassação de seu mandato de governador pelo TSE, com a alegação de abuso de poder político, ficará para a história dos absurdos cometidos em nosso país a favor dos poderosos de plantão. Não só os daqui de nosso estado, mas, também, os de Brasília. Foi um daqueles momentos de nossa história no qual um poder se submete às vicissitudes de outro, sem a menor dissimulação, cuidado ou pudor.

Alguns, de setores das próprias oposições, não entenderam sua posição, sua disposição, sua missão. Inclusive, integraram-se ao coro da mídia oligárquica ou à indiferença. Preferiram o caminho da dissensão.

Custou-lhe muito tempo, conversa e paciência para consolidar a sua natural candidatura em 2010. Traições, abandonos, calúnias foram acontecimentos corriqueiros desde sua cassação.
Dentre os que compreenderam aquele momento histórico, não posso deixar de citar o ex-ministro do STJ, o Sr. Edson Vidigal que, ao lado de Jackson Lago, candidatou-se a senador da República.

Na campanha eleitoral de 2010, Jackson Lago e seus fiéis aliados enfrentaram não somente o poder econômico, político, social e cultural da Oligarquia. Tiveram que enfrentar uma situação inusitada, a insegurança jurídica de sua candidatura imposta pelo mesmo TSE, que lhe cassara o mandato no ano anterior, e que havia decidido sobre a aplicação do projeto de Lei Ficha Limpa, num total desrespeito à Constituição, nossa lei maior, que os nossos juízes deveriam ser os primeiros a respeitar e defender.

Apesar do TRE maranhense haver deferido a sua candidatura, a Procuradoria Eleitoral do Maranhão pediu sua impugnação ao TSE que, numa manobra típica de elites jurídicas tupiniquins, engavetaram o seu processo durante toda a campanha eleitoral. Julgaram-no na última noite de campanha pela televisão e pelo rádio. O estrago estava feito de forma irreparável! Jackson Lago foi colocado como “ficha suja” por seus adversários durante toda a campanha.

O resultado todos sabemos: Não houve nem segundo turno! Na noite da apuração, revelou sua frustração diante de um resultado tão distante de suas esperanças de poder reunir todas as oposições no segundo turno, e derrotar, definitivamente, as forças do atraso que tanto humilham e aprisionam os destinos de nosso povo: “Foi uma campanha desigual, sem a normalidade democrática e de muita deslealdade”.

A decepção, a tristeza, a infâmia abalaram a sua saúde e aceleraram a sua morte.

Os desafios de que falávamos são os que enfrentamos nesse período que tivemos a honra de reorganizar o seu Partido, em 211 dos 217 municípios de nosso estado, enfrentando a resistência dos donos do PDT nacional (que tem outros planos para o nosso PDT, ligados a projetos pessoais de alguns de nosso e de outros partidos!); a sua política desrespeitosa e desastrada para o nosso Partido, quando sequer respeitam os nossos líderes, militantes históricos e mais representativos; a soberba de seus seguidores locais vazios e escassos de conteúdo para oferecer uma alternativa política real e renovadora; a forma antidemocrática com que decidiu contra a prorrogação de nossa Comissão Estadual (que não excluía ninguém!); o total desprezo pela ideia de Convenção, isto é, de Democracia. Sem citar o período, inédito, de informalidade a que fomos submetidos.

Agora, assistimos ao triste espetáculo protagonizado pelos atuais dirigentes do canetaço. O resultado está aí aos nossos olhos: um partido mal representado a serviço de interesses pessoais, de mandatos, de cargos, de projetos eleitorais pequenos. Uns, inclusive, já foram passados para trás, uma vez que já não atendem mais às demandas do momento, não valem mais nada, foram usados e gastos. Dissolveram uma comissão por outra em São Luis - uma pior que a outra!

Tudo para atender a um projeto nitidamente pessoal, tanto dentro do partido quanto fora, para conseguir mandato e comprometer, assim, a melhor alternativa para o PDT que é a candidatura própria para prefeito de São Luis. Pior, pretendem apoiar uma candidatura sem identidade política maior. O autoritarismo e a falta de representatividade política dos dois senhores que tomam conta dos destinos de nosso partido é categórico e desastroso.

O triste espetáculo é contínuo. Revelam-se a cada dia não terem nenhuma identidade com a história e os princípios que marcaram a vida e a razão de ser desse instrumento de luta social que foi e, a depender da sua imensa maioria, continuará a ser o PDT de Jackson Lago, Neiva Moreira, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e tantos outros.

Mas, para tão urgente e árdua tarefa, é preciso pegar o fio. O fio da História. Aqui, em São Luis, esse fio é representado por todos os companheiros do Comitê de Resistência Democrática Jackson Lago que, no momento, lutam pela candidatura própria do ex-ministro Edson Vidigal a prefeito de São Luis.

O PDT nacional cortará mais esse fio contrariando as suas próprias resoluções?

terça-feira, 10 de abril de 2012

O imbróglio pedetista e o Ministério do Trabalho e Emprego – II



O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) continua tendo como ministro interino o Sr. Paulo Pinto, carioca, ligado ao ex-ministro Carlos Lupi que, no dia 04 de dezembro (já se passaram 4 meses!), viu-se obrigado a entregar a sua carta de demissão à presidente Dilma Roussef por suspeita de corrupção (denúncias de esquema de propina de seus assessores, convênios suspeitos com ONGs apontados pela própria CGU, viagem em jato, etc). Apesar de todo o esforço próprio e de seu entorno, o ex-ministro não conseguiu manter-se no cargo. Lembram das bravatas? - Só saio à bala! - Dilma, eu te amo!

Contudo, apesar de sua demissão, o interino exerce o MTE como se fora o seu antecessor. A rigor, nada mudou. Faz-nos lembrar do dito irônico, quando da invasão napoleônica a Portugal, e o general Junot instalou seu quartel-general em Abrantes, cidade próxima a Lisboa: “Está tudo como dantes no quartel d´Abrantes”.

Devemos tirar o chapéu, pois o mesmo já conseguiu manter o MTE sob a sua velha direção por um quadrimestre. A continuar assim, completará 5,6,7,....meses.

No dia 30 de janeiro, durante a reunião do Diretório Nacional do PDT, em Brasília, alguém levantou a questão do MTE (creio que foi um companheiro do Rio de Janeiro), queria que fosse discutida por todos os presentes. Entretanto, o ex-ministro tomou a palavra para argumentar contra a discussão naquele momento, já que a presidente, até então, ainda não havia chamado os designados membros de um recém-formado conselho para tratar do assunto. Segundo o mesmo, não se podia discutir algo que ainda não tinha sido colocado para o partido.

Aquela postura revelava o modus operandi de uma dupla que assenhoreou-se do partido e decide tudo a quatro paredes de uma sala que não tem sequer o retrato de nenhum dos nossos grandes líderes. Nada do velho Getúlio, do gigante Jango, do gênio Darcy e do guerreiro Brizola. Só a dele, e grande!  De certa forma, isto nos conforta na medida em que os mesmos não são testemunhas das decisões antidemocráticas e antitrabalhistas desses senhores.

Logo após esse encontro, saíram as primeiras notícias a respeito desse assunto, o próprio Lupi disse haver sugerido cinco nomes do PDT para a sua substituição que, depois, diminuiu para três nomes (Manoel Dias - o eterno secretário geral, e os deputados federais Brizola Neto e Vieira da Cunha) e, agora, bem, todos sabemos, trabalha por um nome, isto é, o do secretário geral vitalício. Mas, sinceramente, começo a desconfiar com os meus surrados botões se isto tudo não passa de um grande engodo lupista.Vejamos:  anunciou-se a preferência da presidente pelos dois últimos nomes. Nada se concretizou. Não houve nenhuma nomeação. Sorrateiramente, o Lupi faz espalhar a tese de que o Dias reúne todo o partido, etc. Isto, em plena situação constrangedora pela qual passara o governo no Congresso. Estabelece-se o impasse, o imbróglio que, numa conjunção de fatores pessoais e de conjuntura, constrói-se uma zona de conforto, isto é, decide-se não decidir, os velhos “deixa para resolver depois”, “amanhã”, “semana que vem”, “depois da viagem”, etc.

Isto está incomodando os setores mais consequentes, porque começam a perceber que esta situação favorece aos atuais donos do partido. Se der Manoel Dias, ótimo para eles; Se continuar assim, também. O interino olha, escuta, fala e age como se fora eles.

Tudo isto é lamentável. A rigor, o nosso partido não deveria estar passando por esse constrangimento desnecessário. Fôssemos o Partido original e autêntico de nossos fundadores, o Lupi não teria condições nem cara de voltar à presidência! Muito menos sugerir à presidente o seu substituto ou, como parece ser o caso, chantagear a primeira mandatária da Nação. Da forma em que saiu do MTE, pediria licença, afastamento ou renunciasse até as coisas ficarem devidamente esclarecidas, o que ainda não estão, diga-se de passagem!

Ao contrário, começou a despachar como se nada lhe ocorrera, para piorar a imagem de nosso desfigurado partido.

Já manifestei a minha opinião a respeito desse tema. Volto aqui para expressar essas opiniões que me são cobradas pelos companheiros e companheiras do Maranhão.

O PDT com ou sem ministro precisa desatrelar-se do MTE. É vital para o partido reencontrar-se, refletir e repensar o seu papel como partido histórico trabalhista, nacionalista e popular. E, se houver a nomeação de um futuro ministro do PDT, que se inspire no Jango, que ficou apenas 8 meses e saiu por defender os já conquistados interesses dos trabalhadores (reajuste do salário mínimo, decretos a favor da previdência, reconhecimentos trabalhistas, etc) e preservar o segundo governo Vargas das crises políticas que acabaram levando-o ao suicídio.


O PDT precisa refundar-se!

Saudações Trabalhistas!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tristes papéis ou a distância entre o discurso e a prática...


No último dia 20 de março, a Executiva Nacional do PDT publicou a resolução n. 04/2012, que fixa normas para a escolha de candidatos e formação de coligações para as eleições municipais de 2012, assinada pelos donos do nosso Partido, os senhores Carlos Lupi (presidente nacional desde 2004) e Manoel Dias (secretário geral desde 1999).
Chamam a atenção três artigos dentre os 14, quando se refere à Convenção Municipal, no capítulo 1, artigo 1, que é prioridade para o PDT o lançamento de candidatura própria nas eleições de 2012, no maior número de municípios, em especial nas capitais.
 
O capítulo 2, das Coligações, o artigo 7, na impossibilidade de lançar candidato próprio, o partido poderá celebrar coligações para a eleição majoritária, proporcional ou para ambas, podendo nesse último formar-se mais de uma para a eleição proporcional entre os partidos que integram o pleito majoritário a nível municipal, obedecendo sempre a participação das direções estaduais.
E o artigo 8, as propostas de coligação, em se tratando de apoio a candidato de outro partido nos municípios com mais de 50.000 eleitores, serão submetidas para aprovação da direção estadual, até 10 dias antes da convenção municipal. A direção estadual deliberará em até 5 dias, após o recebimento da proposta.
 
Parágrafo único – o mesmo procedimento será adotado perante a direção nacional para as propostas de aliança para apoiar candidatos a prefeito de outro partido para as capitais e municípios acima de 100.000 eleitores.

Fica muito claro que a Direção Nacional do PDT toma as rédeas para si de todo o processo eleitoral, especialmente nos municípios acima de 100.000 eleitores. Portanto, o resultado eleitoral deve, até prova em contrário, ser de responsabilidade da mesma. Expressa, de forma clara e inequívoca, a preferência por candidaturas próprias, em especial nas capitais. Com relação às coligações, não define nem aconselha os perfis das mesmas. Ou seja, o PDT pode coligar-se com todos. Nem uma consideração geral no sentido de apontar coligações com partidos políticos ou candidatos que se pautam pela ética e pelos valores republicanos. Nenhuma menção a alianças com partidos afeitos às Oligarquias que atrasam os nossos estados e, consequentemente, o nosso país. Nada disso.

É de bom alvitre, em se tratando de interesse partidário maior, a adoção de políticas partidárias que visem o fortalecimento do Partido em acordo com as realidades locais, especialmente em resposta aos cada vez mais naturais e crescentes anseios por políticas públicas de grande impacto para atender às necessidades de nossas sociedades. Isto, inclusive, está nos princípios, ideais e história de nosso Partido! Se, no presente, é assim para com os outros estados, o que duvido, não o é para com o Maranhão, pois desde o falecimento do ex-governador Jackson Lago, o nosso Partido enfrenta, por parte daqueles notórios senhores, ações adversas ao nosso fortalecimento ao adotarem uma política mesquinha de privilegiar um setor minoritário em desrespeito à grande maioria de nosso Partido que teve como principal norte de suas ações a reorganização sob o legado de nosso principal líder.

Indubitavelmente, há uma distância enorme entre o discurso e a prática adotada pelos "admiráveis" dois senhores. Aqui, no Maranhão, além de não apoiar os nossos trabalhos à frente da Comissão Estadual e, a rigor, sabotarem as nossas ações que levaram à reorganização de nosso PDT em 211 dos 217 municípios maranhenses, tínhamos como meta o fortalecimento da tese de candidatura própria em São Luis, que seria discutida por todos os membros de nosso Partido, sem imposições e que a opção fosse o que a maioria decidisse.

Não podemos deixar de afirmar que o nosso Partido maranhense foi vítima de interesses pequenos por parte daqueles dois senhores da Direção Nacional, que se guiaram única e exclusivamente para conseguir, momentaneamente, e a qualquer custo, um simples mandato de deputado federal a um de nossos suplentes que, a bem da verdade, dispensa qualquer comentário sobre a sua reputação.
Querem, a todo instante, tornar o nosso Partido num balcão de negócios que, a rigor, obedece à lógica “do quem dá mais”. Nos tiraram da presidência da Comissão Estadual por retaliação, bem como por saberem que não compactuamos com determinadas políticas velhas e arcaicas que, infelizmente, assenhorearam-se de nosso PDT. Até quando?

Agora, sob a nova direção maranhense, que não tem a estatura moral e política para enfrentar os enormes desafios do presente e futuro de nossa capital e nosso estado (sempre sob o patrocínio daqueles senhores nacionais!), pautam-se por ações partidárias fisiológicas em torno de interesses de mandato de deputado federal, de cargos e outras vantagens para declararem apoio a um ou outro dos pré-candidatos a prefeito de nossa capital. Querem o PDT resumido às boquinhas!

Triste papel para um Partido que continua a ser um dos maiores de nossa cidade em número de filiados e que protagonizou as maiores conquistas populares em nossa querida cidade de São Luis. Triste papel para um Partido com toda uma tradição de luta pela democracia, liberdade e justiça social em nosso sofrido e abandonado estado.

Igor Lago
09 de abril de 2012