domingo, 26 de fevereiro de 2012

Exortação trabalhista

Por: Reginaldo Telles
Data de Publicação: 26 de fevereiro de 2012 às 10:45 JORNAL PEQUENO

Com exceção do legendário e quase centenário Neiva Moreira, sou o mais velho dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista, PDT, do Maranhão e do Brasil, Portanto, venho de longe.

Ao lado de Neiva, estive na Greve de 51, fiz jornalismo no Jornal do Povo, participei das Oposições Coligadas.

Consumado o Golpe Militar de 64, vi Neiva, Brizola e tantos líderes trabalhistas serem obrigados ao exílio.

Fui um dos que por aqui fiquei, resistindo ao arbítrio. Vi a ascensão do sarneysismo já em conluio íntimo com os coronéis e generais do novo regime.

Católico que sou, abriguei-me ainda mais nos movimentos libertários da Igreja. Fui da Comissão Justiça e Paz, assim como compus o Comitê da Anistia.

Vi o jovem médico Jackson Lago emergir para o serviço público qualificado e humanitário, na Faculdade de Medicina, no Hospital Geral, no Sanatório Getúlio Vargas, no Hospital Presidente Dutra, na Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, na Campanha Popular de Educação para a Saúde. Parece até que estava escrito nas estrelas que nos encontraríamos na redemocratização do País, na conquista da anistia e na reformulação do novo quadro partidário. E foi o que aconteceu.

Com Jackson Lago e tantos outros companheiros e companheiras, fundamos o PDT.

Fui escolhido, em assembleia do Partido, por unanimidade, candidato a Governador em 1982.

Vivi de perto a escalada democrática e patriótica de Jackson. Jackson candidato a Prefeito de São Luís em 1985. Jackson secretário estadual de saúde em 87 no Governo Cafeteira. Jackson prefeito eleito de São Luís em 88, 96 e 2000. Como jornalista, advogado e militante, assisti a escalada da Frente de Libertação e a eleição histórica de Jackson Governador do Maranhão em 2006.

Forças escancaradamente conservadoras e aliadas ao rolo compressor das novas forças falsamente progressistas impediram Jackson Lago de governar e realizar o seu trabalho. Assim como aconteceu a Getúlio Vargas e João Goulart no plano nacional, assaltaram o poder no Maranhão, derrubaram Jackson do governo e contribuíram decisivamente, disso não tenho dúvidas, para sua morte prematura.

Por tudo isso, é duro, é triste, é quase insuportável vê a crise artificial, mas profundamente anti-democrática e autoritária, que agora se abate sobre o PDT. Dr. Igor Lago, um jovem médico preparado e talentoso como o pai e a dra. Clay Lago, esposa e fiel companheira de Jackson, também médica competente, vetados pela Direção Nacional para dirigir e soerguer, mesmo que provisoriamente, o PDT no Maranhão. Oferecemos um tertius, um terceiro nome, um fundador. Nada. Oferecemos o nome do Ministro Vidigal. Nada. Exortamos a Direção Nacional a vir a ter conosco no Maranhão. Nada.

A resposta foi a intervenção, a nomeação de uma Comissão Estadual Provisória indesejada e longe, muito longe do consenso, entregando os postos executivos a filiados de um mesmo grupo interno, deixando em plano secundário importantes quadros partidários.

Soube que o jovem médico Igor Lago já determinou a exclusão do seu some do rol da lista da Comissão Provisória Estadual autoritariamente forjada, tentando parecer democrática.

Do alto dos meus 86 anos de lutas e batalhas e de toda uma vida engajada na boa causa da justiça, da liberdade e da democracia, apoio a decisão de Igor Lago de não pertencer a Comissão Provisória Estadual. Seria dar legitimidade a uma fraude grosseira e brutal, que nada tem a ver com Jackson, Neiva e Brizola.

Da mesma forma, e autorizado pela unanimidade dos fundadores e por dezenas de militantes e lideranças políticas, exorto todos os companheiros e companheiras que assim pensam a determinar a exclusão de seus nomes da Comissão Provisória Estadual. É a forma decente de não coonestar. É a forma tranquila de não aceitar. É o jeito lógico de desnudar esse que é um dos maiores absurdos que já presenciei em toda minha vida.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

À Executiva Nacional do PDT

Presidente Sr. Carlos Lupi; 1º Vice-Presidente Deputado André Figueiredo; 2º Vice-Presidente Deputado Brizola Neto; Secretário Geral Nacional Sr. Manoel Dias; Secretário Adjunto Deputado Paulo Pereira; Tesoureiro Sr. Marcelo Panella; Consultor Jurídico Prefeito José Queiroz; Sec. de Relações Internacionais Deputado Vieira da Cunha; Sec. Adjunto de Relações Internacionais Vereador Márcio Bins; Vogal Deputada Cidinha Campos; Vogal Sra. Miguelina Vecchio; Líder no Senado Federal Senador Acir Gurgacz; Líder na Câmara Federal Deputado André Figueiredo; Vice-Presidente Regional Sul Sr. Alceu Collares; Vice-Presidente Regional Sudeste Prefeito Sérgio Vidigal; Vice-Presidente Regional Centro-Oeste Senador Cristovam Buarque; Vice-Presidente Regional Nordeste Sr. Ronaldo Lessa; Vice-Presidente Regional Norte Deputado Sebastião Bala Rocha; Vice-Presidente de Relações Institucionais Sr. Hélio Santos; Vice-Presidente de Relações Parlamentares Deputado Miro Teixeira; Secretário Nacional de Finanças Sr. Francisco Loureiro e Secretário Nacional de Divulgação e Propaganda Sr. Mário Heringer,

Senhoras e Senhores,
Companheiras e Companheiros,


Por meio desta venho, em primeiro lugar, manifestar a minha “profunda discordância” com a forma com que os senhores Carlos Lupi e Manoel Dias trataram a questão do Maranhão, no que se refere a não-prorrogação da última Comissão Provisória ou a não-homologação da Comissão Provisória deixada pelo ex-governador Jackson Lago, com a substituição do nome dele pelo meu ou de qualquer outro dos fundadores do partido maranhense, assim como a não-marcação da data de uma Convenção, para que o Partido tenha a oportunidade de escolher, democraticamente, os seus representantes(Apesar de todos os esforços empreendidos por meio de conversas telefônicas, pessoais e por cartas, estes senhores mostraram-se totalmente alheios às nossas legítimas reivindicações);
Segundo, manifestar o meu “não-reconhecimento” da nova Comissão Provisória, uma vez que foi feita por decisão autocrática do presidente Carlos Lupi, numa demonstração de profundo desrespeito à história de nosso partido, à maioria de seus líderes e militantes e ao próprio legado de nosso Jackson Lago. Essa decisão revela um tremendo descompromisso com as boas práticas partidárias, tão preconizadas em nosso Estatuto, e compromete, de forma catastrófica, os destinos de um partido democrático e popular com toda uma história de luta contra a Oligarquia Sarney. Não é demais dizer que, também, revela a natureza antidemocrática com que tem sido conduzida a nossa questão, já que a maioria de nosso partido não foi auscultada e, muito menos, respeitada. Para que se tenha uma adequada noção dessa Comissão formada pelos senhores Lupi e Manoel Dias, quatro dos cinco cargos da Executiva da Comissão, isto é, aqueles que tocam e administram o Partido, são pertencentes à minoria, o que revela um total desrespeito pela maioria de nosso Partido, um nítido exemplo de parcialidade e desequilíbrio por parte de quem tomou a fatídica decisão (Seria uma traição a todos os nossos princípios e valores de um Partido Democrático e Trabalhista, uma subserviência ao pragmatismo político, uma resignação diante do mal feito, à lógica de que os fins justificam os meios etc);
Terceiro, solicitar a “retirada” de meu nome da mesma, uma vez que não a reconheço pelas razões citadas acima, além de não poder participar de uma Comissão feita à revelia dos melhores valores cívicos, democráticos e republicanos. A decisão torna-se ainda mais insólita, senão trágica, quando nomeia-se para esta Comissão alguém de pouca representatividade política, que não participa das atividades partidárias, não contribuiu para a reorganização do Partido e, para cúmulo dos absurdos, ainda participa da última reunião do dia 30 de janeiro, com membros de nosso Partido e os senhores Lupi e Manoel Dias, na qual faltou com respeito e consideração a nossos companheiros e agrediu-me, covardemente, na frente do próprio presidente nacional do Partido.
Quarto, solicitar à Executiva Nacional, baseado no artigo 88 de nosso Estatuto, Titulo VI, Das Disposições Gerais e Transitórias, Capítulo I, que diz: “Das decisões dos diversos órgãos partidários caberá recurso, no prazo máximo de 90(noventa) dias, “ex-officio” ou a pedido da parte prejudicada à Comissão Executiva Nacional e, desta, em caráter terminativo, ao Diretório Nacional”, que a decisão “seja reavaliada por todos os membros desta Executiva Nacional com o intuito de referendá-la ou não”, a qual, para mim, em particular, é fruto da desinformação, da retaliação, da iconoclastia, bem como do que há de pior no exercício da política partidária, que é o não exercício da democracia interna.
Como um partido, que se diz democrático, pode atuar, a todo instante, de forma autoritária e decidir que uma minoria assuma as responsabilidades partidárias em detrimento da maioria?
O artigo 12, de nosso Estatuto, no seu segundo parágrafo, diz: “As decisões serão tomadas, sempre que possível, por consenso e, se este não for alcançado, a minoria acatará a decisão da maioria, devendo todos trabalhar para sua aplicação prática”.
Os senhores citados no primeiro parágrafo demonstraram compromisso com esse artigo? Ou apenas basearam-se, de forma minimamente questionável, no artigo 56, referente à competência da Executiva Nacional que, dentre vários itens, o de letra k diz: “aprovar a nomeação de Comissões Provisórias Estaduais e a designação de delegados do Partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral”?
Cabe aqui perguntar se a Executiva Nacional de um partido verdadeiramente democrático não deveria pautar-se no artigo 12, citado acima, para cumprir, de forma democrática, com o item do artigo 56?
Não seria mais prudente e sensato uma postura de concordar com o que a maioria partidária deseja neste ou naquele estado, ao invés de pautar-se pela relação próxima de supostos dirigentes com o único intuito de obter apenas um controle cartorial de um partido político?
O que se faz nas mais diversas decisões coletivas de uma sociedade democrática, em seus grêmios estudantis, sindicatos, movimentos sociais e cívicos em geral, não é justamente essa simples praxe democrática que vem de longe e velhos tempos, espalhando-se pelo mundo, desde a Grécia e as terras nórdicas?
Poderá um partido político sobreviver às crescentes demandas de democracia, cidadania e mudanças da sociedade brasileira assumindo e cultivando tão reprováveis práticas?
Todos sabemos que o Brizola é insubstituível, mas porque não seguirmos o seu exemplo de dirigente partidário que, com toda a sua legitimidade política e histórica(não esqueçamos de sua fama de caudilho!) era sensível aos anseios das maiorias de nosso Partido?
São perguntas que não podem calar diante de nossa realidade partidária nacional.
Penso que a questão maranhense é crucial para o PDT. É uma causa que expõe o Partido e revela a natureza de seus dirigentes. É uma espécie de fronteira para todos nós: Ou tomamos a consciência de que o nosso Partido tem e deve ser democrático (até para poder honrar com os valores do Trabalhismo!) ou aceitaremos que as razões de existência do mesmo mudaram e todos devem seguir os ditames da política convencional, fisiológica e descompromissada com os melhores valores civilizatórios.

Quando assumimos a presidência da Comissão Provisória do Maranhão, a convite da maioria de seus membros (8 de 11) em substituição ao nome do ex-governador Jackson Lago, falecido no dia 04 de abril de 2011, após esperar a homologação pela Comissão Permanente desta Executiva durante 56 dias, tratamos de reorganizar o Partido com a participação de todos os seus membros, seguindo os preceitos estatutários e da boa prática partidária. Tivemos êxito ao organizar o PDT em 211 dos 217 municípios maranhenses. Foi um trabalho árduo e coletivo. E, vale dizer, não contamos com nenhum apoio do PDT nacional, apesar de termos feito gestões junto ao Secretário Geral Nacional.
Após o falecimento de nosso principal e insubstituível líder, sempre considerei que o PDT maranhense estava à mercê de interesses alheios e de alguns membros de nosso próprio Partido que, a rigor, não tem projeto partidário maior, a não ser os seus próprios ligados ao imediatismo da política convencional, como a aquisição de cargos, mandatos negociados que comprometem a vida partidária, adesismos de diversos matizes etc. Empreendi todos os esforços para reorganizar o PDT para que pudéssemos dialogar com os outros partidos do campo democrático e popular, baseados numa relação leal, sincera e cordial, sobre possíveis estratégias e alianças para as eleições de 2012, sem submissão, adesismos ou acertos de conveniência política e eleitoral.
Estes interesses tornaram-se mais evidentes, na medida em que organizávamos o partido e aproximava-se o fim da vigência de nossa Comissão Provisória (01 de dezembro de 2011).
Houve uma tentativa de se criar um ambiente de crise para que a nossa Comissão Provisória fosse terminada antes de seu tempo, algo que contornamos cuidadosamente em outubro, no Encontro Regional em Fortaleza, quando tivemos a oportunidade de contra-argumentar e acordar a prorrogação de nossa Comissão com os senhores Carlos Lupi, Manoel Dias e alguns membros da Comissão do PDT maranhense.

Quando surgiram as primeiras denúncias a respeito das relações impróprias dos ex-assessores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com ONGs e da famosa viagem ao Maranhão em dezembro de 2009 que, a rigor, foi (mal) organizada e feita com o intuito de privilegiar a candidatura a deputado federal do então jovem assessor do ministro Carlos Lupi, a nota do MTE citando o PDT do Maranhão e o ex-governador Jackson Lago como responsáveis pela viagem, assim como as declarações de cobrança do então presidente em exercício, deputado federal André Figueiredo, ficamos atentos diante da gravidade das mesmas e, quando procurados, demos declarações no sentido de colaborar para o esclarecimento dos fatos e, principalmente, repor a verdade, que está documentada nas declarações de contas de nosso Partido junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.
Repito mais uma vez que o ex-governador Jackson Lago, cassado em abril de 2009, num conluio entre poderosos de Brasília para satisfazer a oligarquia Sarney e, diga-se de passagem, recebeu pouca ou nenhuma solidariedade dos dois principais dirigentes nacionais de seu próprio Partido, participou dessa viagem como convidado, numa deferência a um ministro e presidente de seu Partido em viagem a trabalho ao Maranhão. A agenda foi organizada por sua assessoria que, volto a repetir, não somente mal organizou aquela viagem, como também mal justificou a cada tentativa quando do período da crise do MTE, o que expôs ainda mais o ministro.
No final do mês de novembro, demos conhecimento por meio de carta eletrônica (email) aos nossos companheiros e à sociedade em geral, das articulações feitas por dois membros bem relacionados do PDT maranhense (e apoiados, segundo os mesmos!) com aqueles do primeiro parágrafo, que divulgavam que a Executiva Nacional não renovaria a nossa Comissão. A repercussão dessa Carta fez com que o então ministro me telefonasse para dizer “que não tinha nada com aquilo e que estava tudo igual ao que fora acordado em Fortaleza”. Então, em comum acordo com ele, fiz uma segunda Carta, na qual relatava o seu telefonema com suas declarações.
No dia 02 de dezembro liguei para o Sr. Manoel Dias para cobrar a prorrogação da Comissão. Disse-me que a Executiva se reuniria na terça-feira seguinte para fazer a prorrogação e que estava tudo dentro da normalidade. No dia 03, ligo novamente para o Sr. Manoel Dias para sugerir a inclusão do nome do Sr. Edson Vidigal (após consultar vários membros de nosso Partido) na vaga de um deputado estadual que saíra recentemente de nosso Partido e que fazia parte da Comissão. Contudo, nem pude fazer a sugestão, pois o mesmo afirmara que havia uma mudança por parte da Executiva, que seria preciso ele ir ao Maranhão, etc. Nos prontificamos em recebê-lo mas, infelizmente, até o presente momento, o Sr. Manoel Dias não veio ao Maranhão. Ao contrário, e mal gastando as verbas partidárias, arcou com passagens para alguns companheiros membros e não-membros de nossa Comissão Estadual para dizer, abertamente, “que o Igor Lago não poderia ser mais presidente do Partido por suas declarações que contrariaram muito ao ministro”.
Após tomar conhecimento dessa grave e equivocada posição de nosso Secretário Geral, que deveria pautar-se pela imparcialidade e isenção, a fim de poder avaliar a situação e decidir com mais fundamento, restou-me aguardar o cumprimento de sua promessa de vinda ao Maranhão para conhecer a nossa realidade partidária.
Também tive a iniciativa de ligar duas vezes para o Sr. Carlos Lupi, então ministro, no mesmo dia 03 de dezembro, contei-lhe do telefonema ao Manoel Dias e da nova decisão, disse-me que não tinha conhecimento e, a última, no dia 17 de dezembro, quando disse ao já ex-ministro que não estava apenas defendendo os interesses maiores do Partido mas, a honra e o legado do nosso ex-governador Jackson Lago, e que tudo aquilo parecia ser uma grande retaliação por nossa posição de defender o esclarecimento dos fatos durante a crise do MTE.

Estabelecido o impasse da prorrogação ou não de nossa Comissão, alguns companheiros tomaram a iniciativa de escrever uma Carta à Executiva Nacional, pregando o bom senso, o diálogo, a prorrogação da Comissão sem exclusão de nenhum nome e a marcação de uma Convenção, a qual foi assinada por Neiva Moreira, Clay Lago, Reginaldo Telles e todos os membros fundadores de nosso Partido, a grande maioria de prefeitos e ex-prefeitos, dois dos três deputados estaduais, pela maioria dos representantes dos movimentos de nosso Partido, pela maioria dos presidentes de Diretórios e Comissões Provisórias Municipais, ex-secretários estaduais e municipais etc, a qual foi entregue pelo ex-deputado federal Wagner Lago na sede do PDT nacional no dia 20 de dezembro (Infelizmente a essa Carta não foi dada a devida importância, pois o já presidente Lupi não a havia lido, conforme sua declaração na reunião do dia 30 de janeiro!). Também tive a iniciativa de escrever uma Carta à Executiva Nacional formalizando todas as nossas posições, assim como a própria Clay Lago que, numa Carta muito lúcida e simbólica, preconizava pela altivez, consideração e respeito ao nosso Partido.
Apesar de todas essas iniciativas, além das outras realizadas pelos mais diversos líderes e militantes de nosso Partido, da reunião do Diretório Nacional no dia 30 de janeiro, da reunião após esta última com os senhores Carlos Lupi, Manoel Dias e alguns membros de nosso Partido, confirmou-se o “esbulho” no último dia 16 de fevereiro, ao constatarmos a formalização da nova Comissão Provisória junto ao sítio eletrônico do TRE com data retroativa a 02 de dezembro de 2011.
Sentimos, ao igual que a maioria de nosso Partido, um verdadeiro golpe, uma traição, um desrespeito e uma desconsideração imensuráveis ao legado de Jackson Lago, a seus fundadores, à maioria de seus líderes e militantes, às boas práticas e virtudes de um Partido democrático e popular.
Espero que, diante do exposto acima, todos os membros desta Executiva Nacional tenham percebido a real dimensão da nossa causa, simbólica para todo o Partido.
Desejo altivez e coragem para corrigir esta decisão que macula a imagem de nosso Partido e, aos olhos de nossos líderes, militantes e da sociedade, configura-se nada mais como uma verdadeira RETALIAÇÃO.

Saudações Trabalhistas!

Igor Lago
Presidente da Comissão Provisória Estadual do PDT do Maranhão entre o dia 06/06 e 01/12/2011.
Membro do Diretório Nacional do PDT.

23 de fevereiro de 2012.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pedetistas avaliam o momento do partido no Maranhão durante encontro

Publicado em 14/02/2012 por ricardosantos




Esperança

O encontro de pedetistas que aconteceu nesta segunda-feira (13) em São Luís, foi muito mais que uma confraternização entre os companheiros de partido, serviu para fazer uma avaliação desde o surgimento, conquistas, até o seu momento atual, que passa por sérias crises.

A reunião levou para o mesmo ambiente figuras históricas da política maranhense, que atuam desde a fundação do partido, para lembrar a todos o seu valor histórico, que servirá para evitar possíveis erros no futuro, “um povo que não conhece sua história está condenado a repetir seus erros”.

Foram lembrados fatos importantes do trabalhismo no Brasil, como a cassação dos políticos de esquerda, da tomada do PTB do Jango, Darci e Brizola, que mais tarde fundariam o PDT (Partido Trabalhista Brasileiro), que lutou contra as forças opressoras que aprisionavam os trabalhadores brasileiros no capitalismo internacional.

Durante o evento foram feitos discursos calorosos, que levantaram o animo dos pedetistas, como o do ex-ministro, Edson Vidigal:

“Do Maranhão saíram dois fundadores do PDT, Neiva Moreira e Jackson Lago, e, agora, não estão respeitando a história de vida desses homens, não estão respeitando a força dessa militância, desses homens e mulheres, será que não querem um PDT forte e comprometido com suas origens, querem um partido fatiado na mesa de quem manda e desmanda no Maranhão?”

Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago, encerrou a reunião enfatizando a reorganização do partido que, durante sua gestão estruturou todos os diretórios regionais do partido no estado.

“A reorganização do partido nos trouxe até aqui, e agora, temos que exigir daqueles que tem o poder da caneta, a resposta que o partido do Maranhão merece”.

“Quando a gente tem coragem e disposição de lutar, podemos construir a esperança. Eu tenho esperança que o nosso partido ainda vai ser respeitado pela direção nacional”.

Estiveram presentes ao evento, a viúva do ex-governador, Clay Lago, o irmão Wagner Lago, a deputada Eliziane Gama, o prefeito Deoclides Macedo, o Deputado Carlos Amorim, Azzis Junior, Chico Leitoa, Eduardo e Maria Lucia Telles, Rubem Brito, Jô Santos, Mario Jackson, Léo Cunha, Aíla, e outros pedetistas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pedetistas ‘históricos’ querem refundar o PDT no Maranhão

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 por santos

Igor Lago ganhou manifestação de apoio ao desembarcar em São Luís, no início da tarde desta segunda-feira (13)

Antigos militantes do Partido Democrático Trabalhista realizaram nesta segunda-feira (13) uma manifestação em São Luís com objetivo de “reunir forças para refundar o PDT no Maranhão”. O ato foi iniciado, no começo da tarde, no saguão do Aeroporto Marechal Cunha Machado, onde acabara de desembarcar o médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago.

Vindo de São Paulo, Igor Lago foi aplaudido e cumprimentado, num gesto de solidariedade e apoio de militantes‘históricos’, que pediram que ele não se afaste do esforço que começa a ser feito para revitalizar as forças do PDT no Maranhão.

“Igor Lago, como seu pai, o ex-governador Jackson Lago, representa uma liderança indispensável para que o PDT não se desvirtue, para que o nosso partido permaneça fiel aos valores e aos princípios que sempre cultivou”, declarou o sociólogo Léo Costa, um dos articuladores do movimento.

Emocionado, Igor Lago disse que o PDT tem de voltar às suas origens. “Aqui no Maranhão, o PDT tem uma história que não se pode apagar: é o partido das lutas sociais de nosso povo. O nosso partido não pode se transformar em um balcão de negociatas, de maquinações, de conchavos e de acordos espúrios”, enfatizou Igor Lago, ao lado da viúva do ex-governador Jackson Lago, a médica Clay Lago, e de vários antigos pedetistas.

Iniciado no Aeroporto Cunha Machado, o ato, intitulado ‘Abraço de confraternização e confiança’, prosseguiu, no início da noite desta segunda-feira, com o ‘encontro de afirmação democrática, de solidariedade e confiança’, realizado no Salão Buriti do Hotel Holiday Inn, na Avenida Castelo Branco, São Francisco, ao lado do Hotel Abbeville.

Os antigos pedetistas, que se solidarizaram com Igor Lago, foram enfáticos ao afirmar que não cabe uma imposição do Diretório Nacional do partido ao PDT maranhense. Ocorre que a Comissão Estadual Provisória, dirigida por Igor Lago, foi desconstituída pelo presidente da legenda e ex-ministro Carlos Lupi.

“Somos a favor do diálogo e repudiamos a violência, que não é a nossa prática, mas dos regimes e dos ambientes autoritários combatidos por nós por toda a nossa vida”, afirmou Léo Costa.

Ele defende a idéia de que haja um consenso para a construção de uma nova Comissão Estadual Provisória, com 11membros, sendo cinco indicados pelo grupo de Igor Lago e cinco indicados pelo grupo do suplente de deputado federal Weverton Rocha. O presidente desta Comissão, na avaliação de Léo Costa, seria um 11º membro, indicado de forma consensual pelas duas alas do PDT-MA.




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pedetistas divulgam Carta e Nota de Desagravo contra Jerry Abrantes

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 por John Cutrim

Membros do PDT do Maranhão divulgaram, nesta sexta-feira (3), Carta e Nota de Desagravo repudiando o incidente envolvendo a tentativa de agressão do ex-secretário municipal e ex-secretário adjunto de comunicação nas gestões Jackson Lago, Jerry Abrantes, ao médico Igor Lago. O episódio ocorreu no último dia 30 na sala da Presidência Nacional do PDT, em Brasília, na presença do ex-ministro e presidente da sigla Carlos Lupi.

Os pedetistas se solidarizam com Igor Lago e, em decorrência do fato, pedem abertura de processo disciplinar contra Jerry Abrantes. “Somos a favor do diálogo e repudiamos a violência, que não é a nossa prática, mas dos regimes e dos ambientes autoritários combatidos por nós por toda a nossa vida”, diz a nota, na qual assinam pedetistas históricos como Reginaldo Teles e Maria Lúcia Teles, os ex-prefeitos Chico Leitoa (Timon) e Léo Costa (Barreirinhas), o prefeito de Porto Franco Deoclides Macedo, os ex-secretários Aziz Santos e Rubem Brito, entre outros.

Acompanhe abaixo a íntegra.

À EXECUTIVA NACIONAL DO PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA – PDT

Srs. Dirigentes:

Os pedetistas abaixo-assinados, membros fundadores, membros históricos, lideranças políticas, organizadores de movimentos de base, todos com histórias pessoais e familiares engajados na construção democrática do Partido, vêm, por este meio, solicitar à Direção Nacional abertura de processo disciplinar contra o filiado Jerry Abrantes do PDT-Maranhão, em razão dos fatos a seguir relacionados:
1- no dia 30 de janeiro de 2012, o filiado Jerry Abrantes, na presença do Presidente Lupi, na sala da presidência nacional, às 18:00h, agrediu fisicamente o filiado Igor Lago, numa reação violenta e injustificável;
2- estavam presentes também os Sr(a)s. Chico Leitoa (ex-prefeito de Timon), Deoclides Macedo (prefeito de Porto Franco), Wagner Lago (ex- Dep. Federal), Jocenilde Santos (presidente da ação da mulher trabalhista no Maranhão), Moacir Feitosa (ex- secretário de Educação de São Luis), Júlio França (Secretário Municipal de Agricultura de São Luís), Jean Carlos (vice-prefeito de Imperatriz) e Julião Amim (ex- deputado federal);
3- não bastassem os sofrimentos, os prejuízos políticos, as decepções históricas com a acefalia do Partido em nosso Estado, encontramo-nos agora empurrados para o perigoso terreno do vale-tudo, onde até as agressões físicas tomam lugar dos argumentos e dos diálogos civilizados politicamente;
4- causam-nos tristeza profunda, o desrespeito, o desmerecimento, as negativas quanto ao legado e a figura histórica do governador Jackson Lago, fundador do PDT nacional desde o Encontro de Lisboa ao lado de Leonel Brizola, sem qualquer consideração ao massacre que sofreu em 2002, em 2009 e em 2010, fatos nacionais gravíssimos que contribuíram efetivamente para sua morte em 2011;
5- por que tanta humilhação e violência contra o seu filho (Igor Lago) que após a morte do seu pai (Jackson Lago) se apresenta para servir, construtivamente, ao Partido Democrático Trabalhista, em legítima defesa desse legado que tanto honra o PDT maranhense?
Portanto, Srs. Dirigentes, respeitosamente, solicitamos a Vossas Senhorias o acionamento da Comissão Nacional de Ética do PDT para a apuração do grave acontecimento acima descrito e a punição exemplar do Sr. Jerry Abrantes, para que a violência física não se torne cultura política em nossa agremiação que é parte essencial de nossas vidas e que ao longo de sua história vem se construindo com base na solidariedade.

São Luís, 3 de fevereiro de 2012.

Reginaldo Teles
Maria Lúcia Teles
Léo Costa
Marcelo Bezerra
Mário Jackson Siqueira
Padre Fábio Rondon
Prof. Moacir Feitosa
Humberto Seixas
Sandra Torres
Patrício Cardozo Pires
Prof. Raimundo Silva
Dr. Josemar Pinheiro
Aziz Santos
Chico Leitoa
Aziz Júnior
Rubem Brito
Pedro Lago
Wagner Lago
Jocenilde Santos
Silvino Ferreira Gonçalves
Deoclides Macedo
José Maria Cantanhede


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Luta pelo PDT

No último dia 30, participei da reunião do Diretório Nacional do PDT em Brasília, juntamente com os companheiros Edson Vidigal, Chico Leitoa, Deoclides Macedo, Hilton Gonçalo, Wagner Lago, Moacir Feitosa, Jô Santos e outros.
Iniciei minha fala homenageando os companheiros Alceu Collares (Rio Grande do Sul) e José Maria Rabelo (Minas Gerais) e expus a causa do Maranhão:
O nosso Partido luta há 31 anos contra a Oligarquia que mais atrasou não só o Maranhão, mas, também, o Brasil.
Ditadura Militar, Sarney Presidente, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e, agora, Dilma, o nosso Oligarca-mor sempre no poder em Brasília e destacando-se como o homem mais poderoso da República (Acredito que até mais agora do que na sua própria presidência!).
Perdemos o líder do Partido, aceitei o convite da maioria da Comissão Provisória deixada por ele, reorganizamos o partido democraticamente e, agora, estamos enfrentando esta situação insólita, a da informalidade.
Mencionei a Carta de 06 de dezembro, assinada e apoiada pelos fundadores (dentre eles Neiva Moreira, Clay Lago, Reginaldo Telles, Maria Lúcia Telles, Alaíde, Terezinha, Pedro Lago, Rubem Brito, Sandra Torres e Léo Costa), militantes históricos, personalidades que exerceram mandatos eletivos ou de confiança no executivo, a maioria dos presidentes das Comissões Provisórias e Diretórios Municipais, de dois dos nossos três deputados estaduais, a qual solicita a prorrogação da Comissão Provisória Estadual e a marcação da Convenção Estadual.
Não exclui ninguém e permite ao partido continuar os seus trabalhos. Quem quiser disputar a Convenção, que faça a sua chapa e concorra. Democracia!
Afirmei, também, que se antes o nosso partido era vítima das calúnias e infâmias de nossos tradicionais adversários, agora é vítima de colocações e atitudes irresponsáveis de alguns membros de nosso próprio partido.
Finalizei dizendo que não se trata de uma questão pessoal, mas, sim, de visão democrática baseada na boa prática partidária. Cedo o lugar do meu nome(que substituiu o nome de Jackson Lago) a qualquer membro fundador do partido e, caso haja o “canetaço” da Comissão da Executiva Nacional, não terei outra alternativa à de seguir o artigo 88 do Estatuto, que nos orienta recorrer para que a decisão seja referendada por toda a Executiva Nacional e, se esta for mantida, recorrer ao Diretório Nacional. Assim, teremos a idéia se o nosso partido segue os princípios da Democracia ou se esta palavra apenas serve de adereço ao seu nome e sigla.
Após a minha fala, recebi palavras de solidariedade e estímulo de companheiros e companheiras de vários estados que torcem por nossa luta.
Alguns, incrédulos, com o que está acontecendo ao partido de Jackson Lago e Neiva Moreira!
Participamos da missa em homenagem aos 90 anos de Brizola e, depois, da reunião com o presidente Carlos Lupi e o secretário geral Manoel Dias.
Aproveito para elogiar a bravura e sábia intervenção de todos os nossos companheiros citados acima. Infelizmente, a reunião não terminou com uma decisão.
Completamos, hoje, 2 meses de informalidade, o que me faz lamentar por toda a nossa história e luta. Peço juízo, altivez e visão de partido na decisão da Executiva Nacional.
O importante é que estamos de cabeça erguida, cumprindo com o nosso dever e que seguiremos em frente em busca de melhores destinos para o nosso partido e, assim, contribuir para a luta de nosso povo. Não estamos fazendo a política minúscula, da mentira, dos factóides, do dinheirinho à mídia para inventar calúnias e espalhar difamações. Não apelamos à violência, pois esta é contrária à nossa própria essência de ser.
O PDT somente sobreviverá se persistir no caminho de Brizola, Darcy Ribeiro, Doutel de Andrade, Francisco Julião, Jackson Lago e seus fundadores. Caso se afaste do mesmo, será mais uma sigla de negociatas a se perder no descrédito de nosso povo.

Saudações Trabalhistas!

Igor Lago

Ribeirão Preto, 02 de fevereiro de 2012.